Miséria, luxo e corrupção
Se Portugal, com os seus modestos 10 milhões de habitantes, apenas
consegue oferecer um salário de 500 €uros aos seus diplomados, se ainda por
cima (neste caso por baixo), tem cedido ao ultimato de troikas, Banco €uropeu,
FMI… e outros tantos agiotas, se incentiva os jovens a “ir ganhar experiência
para o estrangeiro”, se organiza o desemprego para que, segundo as sacrossantas
regras do liberalismo, o preço do trabalho seja cada vez menos oneroso para os
patrões, se se alheia do destino dos seus idosos, jovens, reformados, doentes…
Cabe-nos colocar uma questão central: a que servem aqueles que elegemos para
dirigirem os destinos do Pais?
Todos sabemos que o capitalismo só tem um único objectivo: permitir
ganhar muito dinheiro aos vigaristas mais hábeis e espertos mediante a
submissão dos escravos dos tempos modernos que são os trabalhadores.
O escritor francês Emile Zola retrata com realismo e talento, de forma
premonitória, os mecanismos do capitalismo, no fim do século XIX, através da
descrição da Bolsa e seus agentes, no livro “L’argent”.
Já nesses tempos era assim: o Povo trabalhava e os abutres constituíam
imensas fortunas à custa da imensa maioria de quem labutava e sobrevivia na
miséria; mas, entretanto, a Sociedade foi-se
organizando para constituir um contrapeso social à “manha” do capital, através
de Leis que, progressivamente, foram
devolvendo alguma justiça à grande maioria dos menos poderosos… Instaurou-se a
Democracia.
Mas actualmente que nos resta do progresso social? Após 40 anos sobre a
“Revolução da Esperança”, resta-nos contar os sobreviventes e observar a raiva
de muitos que foram espoliados da sua Nação!
Governantes presos, outros a caminho da jaula, banqueiros vigaristas,
gatunos que nos retiraram uma vida decente, o pouco que resta de Portugal não
vos pertence…Restituam rapidamente os bens que nos pertencem sem esperar pela
justiça popular de um dia, tarde ou noite sangrenta.
Em vésperas de Ano Novo desejo a todos os Amigos melhor e feliz vida.
Toulouse, 31 de dezembro de 2014.
JoanMira
Aucun commentaire:
Enregistrer un commentaire