Um grupo de personalidades composto por cientistas, economistas, embaixadores e políticos enviou uma carta a Passos Coelho, em que sustenta que o Governo português ao insistir, a propósito da Grécia, que a política de austeridade prosseguida se deve manter inalterada, escolhe um caminho "contraproducente". Para os subscritores, esta é uma "oportunidade que não pode ser desperdiçada para um debate europeu sobre a recuperação das economias e das políticas sociais", noticia hoje o "Público".
No momento em que o primeiro-ministro se prepara para enfrentar um dos mais decisivos Conselhos Europeus do seu mandato, esta quinta-feira, em Bruxelas, a carta surge com a intenção de ser um apelo, um pedido e um alerta à opinião pública. Subscrevem esta carta vários dos dinamizadores do anterior "Manifesto dos 74", sobre a renegociação da dívida portuguesa, como António Bagão Félix, Francisco Louçã, João Cravinho e Carvalho da Silva.
Na esfera política há personalidades de vários quadrantes: Octávio Teixeira (PCP), Mariana Mortágua (BE), José Reis (Tempo de Avançar), Carlos César (presidente do PS), Pacheco Pereira (PSD), Ricardo Bayão Horta (CDS). A principal novidade é a inclusão de cientistas que habitualmente não integram este tipo de manifestos, como Maria Mota (Prémio Pessoa 2013) e Mónica Bettencourt Dias, por exemplo.
Expresso - Portugal
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