1956 – Conflito Israelo-árabe: Nasser afirma que o Egipto possui a mais poderosa força aérea de todo o Médio Oriente
O jornal «L’Orient» de 15 de Abril de 1956, insere uma entrevista concedida ao seu director por Abdel Nasser1, na qual este afirma que o seu país possui a mais poderosa força aérea de todo o Médio Oriente2.
Fonte: Diário de Lisboa n.º 11 983, de 15-04-1956, 36º ano de publicação, pp. 1 e 16
Notas
1 Gamal Abdel Nasser (1918-1970) era um militar egípcio formado pela Real Academia Militar. Inconformado com o insucesso da campanha egípcia de 1948 contra Israel, encabeçou, em 1952, um golpe de estado contra o rei Faruk I, encetando, em seguida, uma radical alteração das políticas governamentais. No ano seguinte, a monarquia seria abolida e os partidos políticos banidos. Foi presidente do Egipto de 14 de Novembro de 1954 a 28 de Setembro de 1970.
2 A União Soviética havia vendido armamento de guerra ao Egipto, equipando a sua força aérea com modernos aviões de combate. A fim de evitar um desequilíbrio das forças armadas presentes no Médio Oriente, os Estados Unidos e outros países ocidentais irão fornecer a Israel o mais avançado equipamento de defesa e ataque.
Sobre o conflito Israelo-árabeAtendendo a que os primeiros povos judeus ocupavam originariamente a região da Palestina e se encontra-vam, finda a II Grande Guerra Mundial, espalhados por todo o mundo sem possuir uma pátria, em Novembro de 1947, o Avalon Project das Nações Unidas recomenda a partição da Palestina, na altura sob administração da Grã-Bretanha, num estado judeu, um estado árabe e uma administração directa das Nações Unidas sobre Jerusalém. A partição é aceite pelos líderes sionistas. Os líderes árabes, porém, não admitem dividir a Palestina com os judeus pois consideram aquela região como a sua pátria desde há muitos séculos, dando início a uma guerra civil que se estenderá de 1947 até 14 de maio de 1948, altura em que Israel declara a sua independência. Como represália, os estados árabes vizinhos atacam o novo país no dia seguinte. Desde então, inúmeras guerras têm sido protagonizadas nesta região, numa constante corrida ao armamento.
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