20.4.15

Texto - Mariana

Lembranças

O fim do mundo acontece periodicamente. Quando era mais novo usava-se a expressão “ o fim do mundo em cuecas”… fazia rir a assembleia familiar em que a minha Mariana de avo não deixava o crédito por mãos alheias… Era alegre a minha avo e eu tinha (e tenho) por ela uma admiração sem limites…

A avo Mariana foi para mim daquelas pessoas que, por mais que não quisesse-mos, (e eu não queria)  impossível de sair da memoria; era a minha mãe, minha companheira de jogos, minha namorada, era… meu tudo!

Deixou-nos, aos 68 anos se a minha pobre memoria não me trai; não tenho a certeza… Nasceu com o século 20, por volta de 1900, e foi das pessoas que mais amei.

Disse-o antes que desapareça, a reminiscência da memoria não dando para mais.

A praça do Barreiro, os passarinhos, “mosquitos” obrigatórios que me comprava… os torresmos, as cerejas, a carne do talho do “Braga” (que  comia crua), são eternas recordações.

Avo, avo, que saudades…O cantinho do meu  coração é para ti..

Hasta siempre!

Rio de Janeiro, 18 de Dezembro de 2012.

JoanMira

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