Histórias do nosso Povo
Era mesmo apressado aquele nobre marialva. A sua impetuosidade era
inversamente proporcional à inteligência que Deus, certamente por descuido, lhe
não outorgou.
Beliscado na sua própria honra, indignado pela traição de um amigo, em
poucos momentos decidiu reparar a ofensa.
Da uma chicotada no pobre do cavalo, arreganha os dentes, escolhe o
semblante mais compatível com a sua ira bem composta e ai vai ele, rumo à
bélica oportunidade.
Chegou; apeia-se, e depois de apalpar as mamas à criada, lança com voz
de trovão: “Esta ai Dom Martinho de Aguilar!?”
Confusa responde a criada : “Desculpe Bossa Inchelência, Dom Martinho
esta a cagar”.
A fúria de novo tomou conta de D. Paulinho. “Que merda é essa? Exijo
que o Aguilar se me apresente com toda a rapidez!”
Nisto, sai o D. Martinho, com ervas na mão direita, dai se depreendendo
que tenham servido a limpar o nobre cu…
“Que pretendeis, Paulo das Feiras, vindo assolar-me nesta nobre casa?”
O marialva que, por sinal, era paneleiro, perdeu todo o ardor e
murmurou “Se Vossa Excelência me o permitir, gostaria colocar-lhe uma questão
tão delicada quanto o respeito que tenho por Vossa Excelência…é que…”
Dom Martinho de Aguilar (sim aquele que estava a cagar) não deixou o
panasca acabar a frase; Tirando da mão direita um cagalhão ainda fumegante,
atirou com ele à cara do tratante.
Moral da Historia: Povo Português continua a comer merda!
07-10-2015
JoanMira
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