6.11.15

Tragédia em Minas Gerais (Brasil)



MARIANA (MG) - As primeiras vítimas do rompimento de duas barragens que chegaram à Arena Mariana, no município mineiro de mesmo nome, a cerca de 100km de Belo Horizonte, narraram cenas de medo e heroísmo na madrugada desta sexta-feira. O ginásio está acolhendo desabrigados pela tragédia, que deixou pelo menos um morto.
Segundo boletim médico divulgado nesta manhã pelo Hospital Monsenhor, único da cidade, outras sete pessoas foram atendidas na unidade, sendo que seis delas já receberam alta e outra está internada, mas fora de risco. Ao menos 15 são considerados desaparecidos.
Até as 10h de hoje cerca de 300 pessoas já tinham sido resgatadas, segundo informações dos socorristas que trabalham na operação. Parte das vítimas apresentava sintomas de intoxicação por minério de ferro (vômito, náusea, dores de cabeça) e precisou ser encaminhada ao hospital. Pelo menos uma delas, em estado mais grave, foi levada de helicóptero a um hospital em Belo Horizonte. A prefeitura e a Defesa Civil, no entanto, ainda não consolidou o número de vítimas e desaparecidos. A Samarco informou que o material das barragens é inerte, não é tóxico e que não há risco de envenenamento da população.
— Começou um barulho e parecia que o mundo estava acabando - lembrou a dona de casa Zélia Ana Batista, de 58 anos, moradora de um dos distritos atingidos pela avalanche de lama e pedras.
A tragédia ocorreu na tarde de quinta, quando as barragens de rejeitos da empresa Samarco romperam. O número de vítimas ainda está sendo calculado, e as causas investigadas.



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