Não sei porquê mas, constantemente velhos e
saudosos amigos me vêm à memoria: é caso do Manuel da Silva que comigo colaborava,
com a sua voz radiofonicamente excelente em programas proibidos…Estavamos em 1983, infringíamos
a lei sem medo nem agravo, e depois da hora “de antena”, bebíamos um copo,
dois, três… Perdão, não me lembro bem…
O Manuel tinha uma rubrica sui-generis: era
dele a pagina do desporto que os ouvintes ansiavam ouvir, esperando até ao fim…
Tinha uma voz de locutor dos anos sessenta
muito parecida com a do Nuno Braz. Foi um dos esteios do nosso “programa”…
Depois outros vieram com boa vontade mas jamais o igualaram.
A Amália Rodrigues teve uma intervenção fantástica
quando, no dia 9 de março de 1986 respondeu ao cônsul sovina, que queria espectáculo
com duas garrafas de champanhe para cerca de vinte pessoas, já há muito nada
havendo nas taças: “Eu gostava de brindar, senhor cônsul-geral, mas olhando
para as taças, verifico que ja não há saude…
Foi companheiro da Amália o meu querido Amigo
Fernando Pereira. Quando se encontraram naquele dia fiquei a saber que me não
tinham mentido! Aquele abraço, aquela emoção partilhada…
Termino, enfim e desta vez, com o Adelino
Pereira. Passamos noites a sonhar, a idealizar o Brasil ouvindo musicas tão
lindas do Roberto Carlos… Não, não perdemos tempo porque o que imaginamos é
verdade.
Vi Lino… O que pensaste é verdade. Estive la e
pensei sempre em ti.
29-05-2016
JoanMira
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