Naquela linda manhã de sol pálido, mas de sol,
os sobreviventes iam imergindo, atónitos, ainda pálidos e surpresos de que Deus os não
tivesse levado para um Inferno menos atroz do que aquele que, por milagre,
tinham sobrevivido.
Chamas e fumo por todo o lado… passava-se por cadáveres
inertes (claro)... Ninguém bolia, (claro)... e ninguem sabia o que se tinha passado depois do intenso clarão que
escondeu a luz do Sol.
Alem do que a visão humana alcançava, apenas
destroços num horizonte azul-metalico…
E aquele ultra-som quase imperceptível,
acompanhado de odores ácidos…
Sem duvida, algo ou alguém, tinha apoiado no
botão nuclear. (tenho fortes duvidas que tenha sido a Filomena parola)…
Abrigar-se… Salve-se quem puder; mas onde?
Não havia mais solução para a vida…
Nem um navio acostado naquele porto, comandado por uma Amiga minha, nos podia salvar! Teria feito algumas milhas que
já a radioactividade nos teria alcançado.
E a Filomena, palerma, sorria entre “yeaps,
yeaps, yeaps…” como se na sua cretinice extrema fosse imune aos raios que a destrocem…
Acordei.
Não foi desta vez!
28-11-2016
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