Significado: Ser esquecido; ter má memória.
Origem: A origem desta expressão portuguesa pode explicar-se pela relação de causalidade que, em séculos
anteriores, era estabelecida entre a ingestão de lacticínios e a diminuição de certas faculdades intelectuais,
especificamente a memória.
A comprovar a existência desta crença existe o excerto da obra do padre Manuel Bernardes "Nova Floresta",
relativo aos procedimentos a observar para manter e exercitar a memória: «Há também memória artificial da
qual uma parte consiste na abstinência de comeres nocivos a esta faculdade, como são lacticínios, carnes
salgadas, frutas verdes, e vinho sem muita moderação: e também o demasiado uso do tabaco».
Sabe-se hoje, através dos conhecimentos provenientes dos estudos sobre memória e nutrição, que o leite e o
queijo são fornecedores privilegiados de cálcio e de fósforo, elementos importantes para o trabalho cerebral.
Apesar do contributo da ciência para desmistificar uma antiga crença popular, a ideia do queijo como alimento
nocivo à memória ficou cristalizada na expressão fixa «comer (muito) queijo».
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