13.3.14

Texto - Simples reflexão sobre a vida ordinária (Ou as imagens que não vemos)


Quando o reflexo de luz ténue se reflecte num copo meio cheio (ou não) de alegria, criando imagens dependentemente belas, quando a queremos gravar na consciência das coisas lindas do só mundo que conhecemos e quando  nos apercebemos que os “pixels” apenas proviam do telemóvel irrequieto que teima em não se apagar, coloca-se-nos, então esta questão de resolução difícil: sabendo que a  imagem feliz foi criada, se bem que indirectamente, pelo aparelhometro, sabendo que só ele nos poderia transmitir tão onírico parecer… Que fazer para imortalizar fotografia tão linda? 

Remove-se o telemóvel e a imagem desaparece… faz-se uma foto com o cujo mas, da tal bela imagem, nada! 

Eis uma das raras vezes em que, porventura,  entendemos não dever duvidar: morte aos aparelhos com suplicio adicional! Que se "lixem" os “objectos”...
 
No meu espírito perduram as mais lindas das imagens que, talvez , so  averados diplomados, formados em telepatia extra-humanoide, um dia descobrirão… 

Bordeaux, 13 de março de 2014.      

JoanMira

Aucun commentaire: