16.10.14

Texto - "Quando"


Quando um servidor do Estado, já tendo percorrido meio mundo, ao cabo de muitas horas de automóvel, comboio, navegação, voo e até a pedal, rumo a horizontes nem sempre muito agradáveis, sem nunca ter casa certa, mas tendo a certeza de que vai deixando pelo caminho amizades e amores passados e paisagens da sua infância que nunca mais volverão, abandonando inexoravelmente a sua felicidade porque trabalhando anos a fio se vai afastando de tudo aquilo fazia a parca felicidade de que imaginava desfrutar, quando ao longo da vida se vai sentindo  só, sem apoio quanto mais a sua idade avança, quando, imaginando que as carências seriam supridas por uma vida profissional de venturas cheias, quando teve de suportar nessa vida, seres "chefianstes" cheios de patetas parolas e pategas presunções, analfabetos mais o absoluto, pavoneando-se de nada saberem fazer a não ser o “mandar, quero e posso” que lhes da a sensação de existirem face a subalternos medrosos, eles próprios oriundos do sistema do “claro senhor doutor, quer mais um cafezinho?” Enquando os patêgos, que pensam dirigir o Mundo, continuarem nesse delicioso “farniente” com os escravos subservientes  a abana-los… Quando houver gentalha dessa (uns e outros), eu continuarei na revolta!

Quando eu morrer, pevisivelmente daqui a pouco, e que passados séculos, sobre esse momento "importante" e continuarem a existir doutorzecos merdosos, subalternos medrosos, Povo apático; sofrerei a em silêncio.

Quando ver erguidos castelos, quinas, esfera armilar, céu azul branco do mar…

Quando? Quando será?

16-10-204


JoanMira   

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