28.10.14

A hipocrisia muçulmana




Andar de cara tapada ou destapada não é opção de moda ou idiossincrasia cultural. Em regra as pessoas não andam de cara tapada quando interagem com outros. Além de ser a parte mais expressiva do nosso corpo, a cara é a forma de nos identificarmos. Ninguém espera que os alunos estejam na aula de óculos escuros e barba postiça, se alguém pára a mota para pedir indicações deve pelo menos levantar o visor do capacete e se entrarem pessoas num banco com barretes pretos a tapar a cara é certo que alguém vai chamar a polícia. Andar de cara tapada é uma atitude ameaçadora, porque uma pessoa que esconde assim o que quer e quem é não parece vir com com boas intenções. Em todas as culturas há uma aversão natural a quem aja assim.


E a burka não é excepção porque nas sociedades onde a usam as mulheres não são consideradas pessoas. São propriedade dos pais, dos maridos ou dos filhos e não faz mal terem um pano a tapar a cara. Pessoas de cara tapada não é aceitável, mas nessas sociedades as pessoas são os homens. Esses andam com a cara descoberta.

Os franceses querem proibir o uso da burka em espaços públicos e há quem diga que isto é atentar contra os direitos e costumes daquelas mulheres. Não é uma crítica muito acertada porque os costumes visados são mais os dos “donos” dessas mulheres. Mas, além disso, há outro aspecto importante. Na Europa as mulheres são pessoas. Não são gado nem objectos. E ninguém quer viver no meio de pessoas de cara tapada.

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