Qualquer avanço na área do tratamento do cancro é recebido como uma boa notícia. Os resultados do ensaio clínico conduzido por Stanley Ridel, investigador no Centro Fred Hutchinson de Investigação em Cancro (Estados Unidos), não foram exceção. Embora considerem que esta investigação vem reforçar a importância da imunoterapia, os cientistas portugueses entrevistados pelo Observador referem que a técnica não é nova. Os investigadores não duvidam que os resultados sejam promissores, mas lembram que esta ainda é uma fase inicial dos ensaios clínicos.
“Do ponto de vista da eficácia terapêutica em leucemia linfoblástica aguda [LLA] avançada pode dizer-se que [a técnica] é revolucionária: 94% de remissões completas seriam impossíveis com qualquer outro tratamento disponível”, disse ao Observador Bruno Silva Santos, vice-diretor do Instituto de Medicina Molecular (IMM) da Universidade de Lisboa. Mas o investigador, que também faz investigação em imunoterapia, disse que, em termos conceptuais, a técnica não é novidade e já se sabia que podia “ser aplicável a tumores de linfócitos B [células B do sistema imunitário], como é o caso dos doentes de LLA ou de certos casos de linfoma”.
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