O eurodeputado português Miguel Portas, que visitará Atenas na quarta-feira integrado numa delegação da Esquerda Unitária do Parlamento Europeu, disse à Lusa, esta sexta-feira, que a Alemanha está a «destruir» a Grécia e a Europa.
«O projecto europeu está a ser destruído pelo Governo alemão. A ideia de projecto europeu que continha, tal como Portugal quando aderiu à Europa, uma promessa de convergência entre os mais pobres e os mais ricos e entre as nações mais atrasadas e mais desenvolvidas, está a ser traída todos os dias pelo Governo alemão que põe e dispõe da Europa a seu bel-prazer», disse Miguel Portas, que concorda com a resposta do presidente da República grego, antigo resistente contra a ocupação alemã, e que na quarta-feira atacou o ministro das Finanças alemão pelas críticas que Wolfgang Schauble fez à Grécia.
«Eu se fosse grego e estivesse submetido à chantagem a que a Grécia está submetida, que é uma chantagem que já chegou ao ponto de mudarem o Governo, que não foi eleito por rigorosamente ninguém e se eu fosse um grego que até tivesse sido da resistência anti-nazi e anti-fascista confesso que teria um desabafo muito similar ao do presidente da República grega», disse Miguel Portas.
Para Miguel Portas, a pressão da toika é «inaceitável» e acusa a Alemanha de «coordenar» o ataque ao país. «O que temos agora é uma situação absolutamente extraordinária, segundo a qual, o ministro das Finanças alemão já está a dizer que só haverá segundo resgate à Grécia se houver adiamento das eleições. Ou seja, se a democracia for suspensa ou então, o que é previsível, existindo eleições e não havendo uma maioria política para aprovar as exigências da troika, Berlim pode aproveitar este pretexto para colocar a Grécia fora de jogo e fora do euro», afirmou o eurodeputado do Bloco de Esquerda.
«Temos tentado denunciar e alterar o sentido destas políticas, mas o problema é que existe uma maioria de direita no Parlamento Europeu e muitas vezes essa maioria de direita conta ainda também com a cobertura do grupo socialista. O problema é que a política que domina é a política imposta por Berlim e que diz que todo o problema europeu é um problema de falta de disciplina dos países do Sul no incumprimento das suas metas orçamentais», disse ainda Miguel Portas que visita a Grécia na próxima quarta-feira.
Miguel Portas visita Atenas em 22 de Fevereiro, integrado numa delegação do grupo da Esquerda Unitária, de que fazem parte eurodeputados do PCP e Bloco de Esquerda, para encontros com os partidos gregos, com as duas centrais sindicais do país e organismos do Estado.
«O projecto europeu está a ser destruído pelo Governo alemão. A ideia de projecto europeu que continha, tal como Portugal quando aderiu à Europa, uma promessa de convergência entre os mais pobres e os mais ricos e entre as nações mais atrasadas e mais desenvolvidas, está a ser traída todos os dias pelo Governo alemão que põe e dispõe da Europa a seu bel-prazer», disse Miguel Portas, que concorda com a resposta do presidente da República grego, antigo resistente contra a ocupação alemã, e que na quarta-feira atacou o ministro das Finanças alemão pelas críticas que Wolfgang Schauble fez à Grécia.
«Eu se fosse grego e estivesse submetido à chantagem a que a Grécia está submetida, que é uma chantagem que já chegou ao ponto de mudarem o Governo, que não foi eleito por rigorosamente ninguém e se eu fosse um grego que até tivesse sido da resistência anti-nazi e anti-fascista confesso que teria um desabafo muito similar ao do presidente da República grega», disse Miguel Portas.
Para Miguel Portas, a pressão da toika é «inaceitável» e acusa a Alemanha de «coordenar» o ataque ao país. «O que temos agora é uma situação absolutamente extraordinária, segundo a qual, o ministro das Finanças alemão já está a dizer que só haverá segundo resgate à Grécia se houver adiamento das eleições. Ou seja, se a democracia for suspensa ou então, o que é previsível, existindo eleições e não havendo uma maioria política para aprovar as exigências da troika, Berlim pode aproveitar este pretexto para colocar a Grécia fora de jogo e fora do euro», afirmou o eurodeputado do Bloco de Esquerda.
«Temos tentado denunciar e alterar o sentido destas políticas, mas o problema é que existe uma maioria de direita no Parlamento Europeu e muitas vezes essa maioria de direita conta ainda também com a cobertura do grupo socialista. O problema é que a política que domina é a política imposta por Berlim e que diz que todo o problema europeu é um problema de falta de disciplina dos países do Sul no incumprimento das suas metas orçamentais», disse ainda Miguel Portas que visita a Grécia na próxima quarta-feira.
Miguel Portas visita Atenas em 22 de Fevereiro, integrado numa delegação do grupo da Esquerda Unitária, de que fazem parte eurodeputados do PCP e Bloco de Esquerda, para encontros com os partidos gregos, com as duas centrais sindicais do país e organismos do Estado.
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