Luis Ferraz à esquerda da foto
Paris, 27 jan (Lusa) – As presenças consulares de Portugal em França, cuja rede foi recentemente reajustada, vão passar a poder emitir cartões do cidadão e passaportes a partir de fevereiro, disse hoje à Lusa o cônsul-geral em Paris, Luís Ferraz.
Até agora Paris realizava permanências (ou presenças) consulares - traduzidas por deslocações regulares de funcionários do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) às áreas não cobertas por consulados ou vice-consulados - em Reims, Troyes, Sens e em Rennes. Depois do reajustamento que se seguiu ao fecho de três vice-consulados de Portugal em França, a rede vai estender-se e flexibilizar-se.
O cônsul-geral esquematizou o que acontecerá na área consular de Paris: "Vamos ter permanências consulares no Nord-Pas-de-Calais, na Bretanha, diretamente em Nantes e em Rennes. Vamos depois, para favorecer o Sul da Bretanha, descentralizar na área de Tours e fazer uma permanência consular em Poitiers. Vamos também fazer uma permanência em Bourges e continuar a ir a Sens, a Rances e a Troyes”, explicou.
Esta rede de permanências consulares, “que vão ter lugar, em princípio, ou em associações, ou em estruturas municipais”, precisará, alerta, de ser ajustada em função da procura, de acordo com o que a experiência de trabalho vier a mostrar.
Outra novidade é que, a partir de fevereiro, “o consulado à porta de casa” vai passar a poder emitir o cartão do cidadão e o passaporte. Luís Ferraz considera que os novos equipamentos portáteis adquiridos pelo MNE para estes serviços vão "enriquecer a permanência consular” e “permitir tornar mais eficiente a relação entre o consulado e a comunidade”.
Quanto ao número de funcionários de que dispõe para estas mudanças, o responsável reconhece que “já começa a não ser generoso”, mas considera que, por agora, “há um equilíbrio” e que os recursos permitirão um trabalho “com qualidade e com capacidade de resposta”.
Ao comentar a interrupção da sua comissão de serviço em Paris, decidida pelo ministro Paulo Portas, Luís Ferraz afirmou que vai sair “com a tranquilidade de ter tido dois anos e meio muito intensos”. O cônsul-geral destacou ainda que, durante este tempo, conseguiu “redimensionar o consulado, melhorar o serviço público, introduzir novas tecnologias e aproximar o consulado da comunidade”.
Entre as prioridades que tinha listadas estavam a vontade de “assegurar uma maior implantação do consulado na área, que cresceu, continuar a política cultural desenvolvida nos últimos dois anos, e aproximar o consulado dessa comunidade, menos falada mas importante, que já são os portugueses das novas gerações, que estão nos serviços e na administração pública francesa e que vão ser os elementos fundamentais da relação entre os dois países”.
JYF
Lusa/fim.
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