Balotelli foi "forçado" a quebrar a sua própria filosofia no futebol, quando festejou efusivamente o primeiro golo na partida aos 20 minutos, através de um cabeceamento certeiro, após centro de Cassano. "Quando marco não celebro porque só estou a fazer o meu trabalho. Quando o carteiro entrega as cartas, ele celebra?", questionou, um dia, Balotelli. Certo é que "Super Mario" festejou com uma alegria poucas vezes vista e partilhada por milhões de italianos.
Determinado em mostrar "porquê sempre ele", Balotelli assinou um dos momentos do Europeu aos 36 minutos, quando atirou um "missíl" para o fundo das redes alemãs, deixando Neuer pregado ao solo. Desta vez, não houve festejos: apenas uma pose "à Hulk", ar sério e camisola deitada ao chão. O avançado italiano tinha razões para estar orgulhoso da sua exibição, mas quando foi substituído, aos 70 minutos, saiu do relvado frustrado e revoltado: sofreu cãibras e Prandelli guardou-o, e bem, para a final. O golo da Alemanha, de penálti, por Özil, já no período de compensação, não fez mais que acelerar os corações dos adeptos. Em vão.
O "herói" foi Balotelli, mas os louros têm que ser repartidos por outras duas lendas transalpinas: Buffon, que negou o golo à Alemanha em diversas ocasiões, algumas delas de golo iminente; e Pirlo, um mágico e incrível Pirlo, que foi dispensado pelo AC Milan aos 32 anos e que arrisca, um ano depois, ser eleito o melhor jogador do Europeu. Michael Platini, presidente da UEFA, lá terá que se contentar com uma final sem a Alemanha; e a chanceler alemã, Angela Merkel, que já tinha reservado bilhete para final, irá certamente rever a sua agenda. Os adeptos, esses, podem marcar para dia 1 de julho, em Kiev, uma final que promete ser épica.
DN
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