29.6.12

Balotelli "arruma" alemães contra a vontade do palhaco Platini


Balotelli "arruma" alemães contra a vontade de Platini

"Super Mario" fez dois golos, afastou a Alemanha da final e contrariou o desejo de Platini em ver alemães contra espanhóis em Kiev.
Ele já incendiou a própria casa-de-banho com fogo de artifício; já se vestiu de Pai Natal para andar a distribuir notas de 20 libras pelas ruas de Manchester; já foi confundido com um ladrão dentro da própria casa; já teve um carro apreendido um dia depois de o comprar, já foi expulso de casas noturnas e já levou com bananas lançadas por adeptos. A Balotelli já aconteceu, definitivamente, de tudo, inclusive eliminar a toda-poderosa Alemanha com dois golos e colocar a Itália na final do Euro 2012.
É uma surpresa recheada de mérito: a Itália vai disputar a final do Europeu com a Espanha, depois de ter derrotado a favorita Alemanha, por 2-1, em Varsóvia, na última meia-final da competição, disputada esta quinta-feira. Mario Balotelli foi a figura da partida e, desta vez, encherá manchetes em todo o mundo pelas melhores razões possíveis: uma grande exibição de um talento que, aos 21 anos, só dependerá da "cabecinha" para se tornar num caso sério.
Balotelli foi "forçado" a quebrar a sua própria filosofia no futebol, quando festejou efusivamente o primeiro golo na partida aos 20 minutos, através de um cabeceamento certeiro, após centro de Cassano. "Quando marco não celebro porque só estou a fazer o meu trabalho. Quando o carteiro entrega as cartas, ele celebra?", questionou, um dia, Balotelli. Certo é que "Super Mario" festejou com uma alegria poucas vezes vista e partilhada por milhões de italianos.
Determinado em mostrar "porquê sempre ele", Balotelli assinou um dos momentos do Europeu aos 36 minutos, quando atirou um "missíl" para o fundo das redes alemãs, deixando Neuer pregado ao solo. Desta vez, não houve festejos: apenas uma pose "à Hulk", ar sério e camisola deitada ao chão. O avançado italiano tinha razões para estar orgulhoso da sua exibição, mas quando foi substituído, aos 70 minutos, saiu do relvado frustrado e revoltado: sofreu cãibras e Prandelli guardou-o, e bem, para a final. O golo da Alemanha, de penálti, por Özil, já no período de compensação, não fez mais que acelerar os corações dos adeptos. Em vão.
O "herói" foi Balotelli, mas os louros têm que ser repartidos por outras duas lendas transalpinas: Buffon, que negou o golo à Alemanha em diversas ocasiões, algumas delas de golo iminente; e Pirlo, um mágico e incrível Pirlo, que foi dispensado pelo AC Milan aos 32 anos e que arrisca, um ano depois, ser eleito o melhor jogador do Europeu. Michael Platini, presidente da UEFA, lá terá que se contentar com uma final sem a Alemanha; e a chanceler alemã, Angela Merkel, que já tinha reservado bilhete para final, irá certamente rever a sua agenda. Os adeptos, esses, podem marcar para dia 1 de julho, em Kiev, uma final que promete ser épica.
DN 

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