7.6.12

Portugal, Republica de otarios e de bananas: crime de corrupção cometido por Isaltino Morais prescreveu


Nelson Morais - Jornal de Notícias

A Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa anunciou, que o crime de corrupção passiva para ato ilícito cometido pelo autarca de Oeiras Isaltino Morais, no processo relacionado com as suas contas na Suíça, já prescreveu.
"A Procuradoria da República de Oeiras considerou, em síntese que, consumado o crime em
01-02-1996, mesmo aproveitando a constituição de arguido de 09-06-2005 do processo primitivo, sempre o procedimento criminal estaria extinto por prescrição na data de 01-02-2011, pelo que ordenou o arquivamento do inquérito", informa o comunicado emitido pela PGD de Lisboa.
O autarca tinha sido condenado por este e outros crimes, em primeira instância, mas o Tribunal da Relação de Lisboa, na apreciação de um recurso do arguido, em Julho de 2010, ordenou a separação de processos e a repetição do julgamento da corrupção. Apesar de provados os factos relacionados com a corrupção, sustentou que havia ocorrido uma irregularidade processual, por o arguido não ter sido notificado de uma alteração substancial dos factos da pronúncia.
A PGD informa que então foi extraída certidão do processo das contas na Suíça - em que Isaltino Morais está condenado a dois anos de prisão, por crimes de fraude fiscal e branqueamento de capitais - e aberto um inquérito, já este ano, em que o Ministério Público de Oeiras haveria de refazer a acusação.
No mês passado, a audiência de julgamento chegou mesmo a ser reaberta, mas agora, a PGD vem esclarecer que o crime prescrevera, afinal, já em fevereiro de 2011. O autarca recebeu 20 mil euros de um construtor para o beneficiar com licenciamentos de obras ilegais.
"Este arquivamento por prescrição não tem qualquer relação, relevância ou consequência na pena de prisão de dois anos, determinada pelo citado Acórdão da Relação de Lisboa de 13-07-2010 e ainda não executada", lê-se no final do comunicado da PGD de Lisboa. Os sucessivos recursos e incidentes processuais levantados pelo arguido têm evitado a sua condução à cadeia, para cumprimento daquela pena.

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A notícia já era esperada. A prescrição é também ela um crime dos do colarinho branco que estão envolvidos nos crimes de corrupção que abundam por Portugal e que faz do país um paraiso para os corruptos e um inferno para os portugueses que trabalham, contribuem e são pacatos e honestos cidadãos. Os colarinho branco sabemos mais ou menos quem são. Não são todos mas é facto que abundam nos políticos, nos empresários, na Justiça, enfim, em todos os poderes que fazem de Portugal uma verdadeira República de Otários e de Bananas. Sobre isso não vimos o tão autista Cavaco Silva dizer uma palavra, uma exigência. Aliás, são uns quantos os seus amigos envolvidos com a Justiça mas que dela estão a escapar como manteiga derretida sobre um bico de gás aceso. Coincidência? E o governo do subordinado de Cavaco, Passos Coelho, o que tem a dizer de toda esta criminalidade à solta? Nada. Silêncio e manobras de diversão. Coincidência?

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