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A 17 de Abril de 1952, na Assembleia Nacional, nome pelo qual era designada a Assembleia da República na época do Estado Novo, o deputado Miguel Bastos chamava a atenção para a forma «deficiente, incómoda e até perigosa, como se faz o transporte de passageiros entre Lisboa e o Barreiro: […] O número de barcos em serviço, em 1930, era de 4, os mesmos de hoje; e a sua lotação, que era de 3 060 passageiros, em 1930, foi apenas aumentada para 3 338. Resultado: é normal fazer-se a viagem a pé, e, nos dias de mau tempo, mais de metade dos passageiros vê-se obrigado a fazê-la fustigado pelo vento e pela chuva, porque é reduzido o espaço coberto […]» Fonte: Diário de Lisboa n.º 10552, de 17-04-1952, pp. 1 e 6 Título: Começou hoje na Assembleia Nacional o debate sobre o uso de Automóveis do Estado Subtítulo: Os transportes para o Barreiro
Volvidas seis décadas sobre esta notícia, os transportes fluviais entre as duas margens do rio Tejo melhoram substancialmente. No entanto, nas horas de ponta, ainda hoje se assiste a algum desconforto, devido à impossibilidade de todos poderem efectuar a viagem sentados.
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