8.5.15

Texto - “Ir ao “Ku” num Manta


Duvido que algum leitor tenha experimentado esta sensação única... 

Nada de brincadeiras que o caso não é para isso.

O dia tinha começado para aqueles lados da “Costa Basca” como costuma começar em todos os sítios do planeta.

Tédio como já muitos passados; que fazer? Como nos divertir? Era essa, de facto, a preocupação principal de jovens privilegiados cuja vida ainda não lhes tinha mostrado o quanto existir pode custar.

Vamos ao “Ku”, alvitrou um membro do grupo! Vamos, responderam outros que também conheciam a famosa discoteca…

“El Ku” situava-se do outro lado da fronteira onde a noitada era mais barata que em França… Tínhamos o Opel Manta do Paul atestado de gazolina, alguns francos no bolso…Era mais que suficiente para passar uns momentos agradáveis.

A ida durou mais ou menos uma hora, a velocidade normal, para um dia chuvoso.

Depois de passar a fronteira, era preciso subir até ao monte Igueldo situado a cerca de 800 m do mar,.. là em baixo.

A tarde passou num ápice, a noite chegou e de arredar pé ninguém dava sinal!

A noite passou ainda mais rapidamente para dar lugar à manhã. A volta do Opel Manta, não havia sequer veleidade para voltar.

Mas, pouco a pouco, os “cadáveres” la se foram instalando, permitindo ao Paul de descer a encosta em velocidade suicidaria, isto quer dizer em grande velocidade!

Depois das turbulências do "voo", chegamos ao fim da manhã felizes de não ter morrido na “aterragem”.

Um novo dia de felicidade ia começar. 

Com os meus vinte anos, restava-me a derradeira prova do dia;

Jogar uma partida de futebol para o campeonato oficial…

O que vale, pensei, é que os companheiros devem estar na mesma forma que eu. 

Perdemos 2-1 a final da taça porque o meu amigo Ângelo, segundo me disse, teve preguiça de saltar deixando assim entrar o golo da nossa derrota.  

Da-ssse; a vida de atleta é dura! 

08-05-2015


JoanMira

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