Alegado autor do atentado chama-se Yassin Salhi, tem 35 anos e foi detido nas imediações da fábrica onde, esta manhã, fez deflagrar explosão. Duas pessoas ficaram feridas e um homem foi decapitado.
O ministro do Interior Francês, Bernard Cazeneuve, que encurtou a sua viagem à América do Sul na sequência do atentado ocorrido na manhã desta sexta-feira, numa zona industrial próxima da cidade de Lyon, já identificou o suspeito do ataque. Trata-se de Yassin Salhi, que vive em Saint-Priest, próximo de Lyon. Tem 36 anos, é casado e tem três filhos menores. Apesar de não ter cadastro, esteve sinalizado pelas autoridades devido à sua "radicalização" em 2006. Era "objeto de atenção" devido à sua ligação ao movimento salafista, mas não lhe eram conhecidos laços com terroristas.
Salhi foi detido por um bombeiro, cuja coragem foi louvada por Cazeneuve, nas imediações do local do ataque. O ministro do Interior referiu que haverá outros indivíduos relacionados com este atentado sob custódia das autoridades, sem precisar detalhes.
No local, foram encontradas bandeiras com inscrições em árabe, que ainda não foram traduzidas. O texto está em análise, segundo o Le Monde. A imprensa local refere que o ataque foi reivindicado pelo Estado Islâmico.
Na manhã desta sexta-feira, pelas 10.00 (menos uma hora em Portugal), um número ainda por determinar de pessoas conseguiu aceder ao interior de uma fábrica de gás na zona industrial de Saint-Quentin-Fallavier, uma cidade próxima de Lyon. Uma pessoa foi morta: um corpo decapitado foi encontrado nas instalações, tendo sido já identificado como o gerente de uma empresa de transportes que fazia uma entrega no local. A cabeça do homem estava presa aos portões da fábrica e tinha inscrições em árabe, segundo a imprensa francesa.
De acordo com a explicação do Le Monde, a fábrica Air Products foi sacudida por uma forte explosão, que deflagrou depois de dois indivíduos ao volante de um automóvel terem entrado pelo pátio do edifício com o veículo, com o objetivo de colidir com as botijas de gás no local. O autarca local já admitiu que não seria possível entrar nas instalações da unidade fabril sem ter o auxílio de alguém, uma vez que a entrada do automóvel foi autorizada.
Diario de Noticias - Portugal
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