21.12.15

Texto - Antigamente - A felicidade era assim


Não é tarde nem é sempre; não é cedo nem escuro nem Alvorada também.

Se não é luz, dia também não é; soltam-se silhuetas claras no nevoeiro barreirense.
E  la vai ela para o vapor… Longe do Giraldo Sem Pavor. Évora esta longe…
Esboçam-se tristezas ou sera que são saudades.

Então Vive-se a nostalgia do tempo passado; Meu Alentejo…
E aquele carinho, no rosto de minha Mãe, é único. Aqueles perfumes
Passados no nosso Alentejo, não têm qualquer felicidade comparável!

O Padrinho Chico, a madrinha Bia, O Zé Manel,
Maria Joaquina, a Rosinha, a Martinha (desaparecida muito jovem)
A vagabundice por terras nunca antes exploradas (por nos), os medronhos
Eu em pleno sol nos destilivam a embriaguez desconhecida.

Os pirolitos e bugalhos, as gazosas com prémios sob as cápsulas…

Tantas recordações quase esquecidas no monte do Giraldo onde se encontravam miniaturas das caravelas do século XV…!!!

São tantas recordações felizes em que, nesse tempo, conseguíamos brincar com tudo o que nos aparecesse pela frente sem o auxilio de brinquedos de alta tecnologia, (que para já não existiam) …

Muito resta para contar… Será para uma próxima vez. Verão que naquele tempo dos anos “60” a malta divertia-se à farta!

Bordeaux, 21-12-215


JoanMira    

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