6.7.11

Corte do rating da dívida portuguesa. Consequências para os portugueses

O primeiro sinal resultante do corte no rating da dívida portuguesa ontem efetuado pela Moody's surgiu já hoje pela manhã: os juros da dívida soberana no mercado secundário voltaram a subir para níveis históricos e o risco de Portugal entrar em bancarrota aumentou. Portugal é já o segundo país mais arriscado do mundo para se investir, numa lista de 80.

Consequências para a banca e para os consumidores... 


Consequências a um prazo curto: a banca portuguesa vai ter ainda mais dificuldade em se fianciar no exterior e vai ter que pagar mais pelo dinheiro que lhe for emprestado. Por arrastamento, o dinheiro que os bancos emprestam aos portugueses em geral para compra de casa, carro, eletrodomésticos, e para o que quer que seja, vai ficar igualmente mais caro. Ou seja, as taxas de juro vão voltar a subir e a vida vai ficar ainda mais difícil.

...e para as empresas 


Para as grandes empresas, também elas vão ter mais dificuldade em se financiar o que irá travar projetos de investimento e acções de internacionalização, ou seja, vão abrandar o ritmo da expansão dos seus negócios e, por consequência, gerar menos empregos para os portugueses.
Para as empresas que agora se preparavam para privatizar a totalidade do seu capital (casos da EDP, REN, PT e Galp), todos os seus ativos se vão desvalorizar. Ou seja, vão ficar ainda mais baratas para quem as quiser comprar.


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