No frente a frente da SIC Notícias entre Teresa Caeiro e Alfredo Barroso, os ânimos exaltaram-se depois de Barroso citar um texto do Expresso. A troca de insultos foi constante e Mário Crespo teve de pedir desculpa por não conseguir moderar o debate. (Veja o vídeo)
A troca de acusações e mesmo de insultos, com palavras como "rasquice" e "lamaçal", foi motivada pela alusão de Alfredo Barroso a uma notícia do Expresso na edição do último sábado, com o título "Dez coisas que ficámos a saber neste mês de Governo".
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Alfredo Barroso iniciou o debate com a longa leitura do texto do jornal (por sinal num tom excitadinho e sem dotes declamatórios que tornou o texto atrapalhado e sem nexo), depois citou 4 frases de Paulo Portas, terminando com uma única primeira e final expressão própria, em tom de charada infantil sobre a responsabilidade do texto de Portas: "Quem é que foi que o escreveu, quem é?". Teresa Caeiro criticou desde logo o papaguear de textos de outros para arrastar o debate ao nível mesquinho e desprovido de ideias próprias em que Barroso se tinha colocado. A partir de então fez questão de centrar sempre o debate nas idéias e nos comentários pessoais aos assuntos tratados, contra o próprio entrevistador que pretendeu por momentos levá-lo para a pieguice patética da ofensasinha pessoal, a que Teresa Caeiro, muito bem, resistiu. Os métodos de 30 anos de debatesinho enfático, brioso de títulos e fraco de ideias, recordado com ternura por Crespo e Barroso acabou. Acabou o clã Soares, e os aventais foram arrumados na última votação para Presidente na Assembléia da República. O discurso cansado dos que construiram e devoraram a terceira República (com a mesma fome com que se banquetearam com os restos esquecidos da carcaça do Império, abatida por si para outros), já não tem lugar. Aplausos a Teresa Caeiro, que no seguimento de Maria José Nogueira Pinto chama palhaços aos palhaços, enquanto estes se contorcem sem perceber que são espasmos do seu próprio estertor.
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