18.1.13

Texto - "Cidade maravilhosa"!


Cidade « maravilhosa! »
 


O Rio, no verão, amanhece por volta das cinco da manhã.



Ainda embrulhado nos sonhos, levanto-me por volta das seis.



Chegar ao emprego às oito que é a hora estipulada…



Depois do duche matinal, saio da casa de banho a transpirar…







E o calor, insidioso, que nos penetra e, pouco a pouco, nos vai



Estragando o dia. O ar condicionado ameniza o problema…



Mas, ao abrir a porta de casa, recebo uma baforada infernal



Que me deixa nervoso, de mau humor; o dia esta condicionado!







O segurança abre o portão, olho à esquerda, à direita, em frente…



No Brasil, os assaltos podem acontecer em qualquer momento;



Tive a precaução de não ter muito dinheiro e deixar o “cartão”…



Mas, mesmo assim, acompanha-me uma nota de 50 Reais.







E que se for atacado e não tiver nada para dar aos bandidos, eles



Vingam-se, tirando a vida. 50 Reais contra a vida?...



Espero pelo ônibus que me vai levar ao emprego, rezando para



Ter lugar sentado. Acontece, efectivamente, de tempos a outros.







As onze horas é tempo de ir tomar o cafezinho da praxe;



Saio do edifício, vejo grande algazarra, e acabo por saber que



Uma mulher tinha sido assaltada e levado um tiro no pescoço ao



Sair do Banco ali ao lado… vitima da “saidinha de Banco”!







A “saidinha” é o crime mais tradicional no Brasil. Enquanto a



Vitima vai levantar dinheiro, fora do Banco esperam dois



Comparsas, com a cumplicidade, algumas vezes do “caixa”, a



vitima é esperada e os bandidos, à saída, reclamam-lhe o montante



exacto que levantou!







Dizem os policias que o melhor é não resistir e entregar tudo o que



Possua. Mesmo entregando tudo não é garantia que os bandidos, na



Maior parte do tempo adolescentes drogados, não cometam o



Irreparável… Bem são 16 horas. Tempo de regressar a casa.







O dia de trabalho foi como todos outros para quem trabalha há 43



anos: desesperante. Mas começa agora uma nova aventura:



regressar a casa, com o problema de ter de passar pelo Banco sem



ser assaltado!


 
Não fui…uff; Logo à noite, no restaurante espero não ser roubado.
 
Obrigado Amigo do Corcovado por mais este dia de vida!
 
Rio de Janeiro, 18 de Janeiro de 2013.
 
JoanMira

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