A onda de descontamento com o Governo que varreu o país nas
últimas semanas tem agora uma expressão numérica clara. Se as eleições fossem
hoje, o PSD não iria além dos 24%, segundo uma Sondagem da Universidade Católica
elaborada para o JN.
No anterior barómetro realizado pelo Centro de Estudos e Sondagens de Opinião
daquela universidade, em junho de 2012, o PSD contava com 36% dos votos do
eleitorado.
Os inquéritos de setembro foram realizados dias 15, 16 e 17, já depois do
anúncio das novas medidas de austeridade que tanta polémica têm levantado,
concretizando a fissura entre o eleitorado e o partido do Governo, que caiu 12
pontos percentuais, para os 24%.
Recorde-se que o PSD ganhou as últimas eleições legislativas com 38,7%,
votação que, somada aos 11,7% obtidos pelo CDS, lhes permitiu formar uma
coligação com maioria absoluta. Nessas eleições, o PS só conseguiu 28,1% dos
votos. Este barómetro de setembro indica que os socialistas conquistariam 31%
dos eleitores.
Mas não foi o PS o que melhor capitalizou a descida do partido laranja.
Apesar de passar para a frente nas sondagens, o partido liderado por António
José Seguro caiu em relação a junho de 2012, na percentagem de votos, de 33%
para 31%.
Os partidos mais à esquerda são os que mais aproveitaram a insatisfação do
eleitorado com a condução governativa do país. A CDU subiu de 9% para 13% nos
resultados eleitorais, e o Bloco de Esquerda cresce de 9% para
11%.
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