24.11.12

A impunidade de Relvas e as imagens "roubadas"



1. Houve algum pedido judicial para a entrega dos "brutos" das imagens (integrais e não editadas) da RTP do dia 14 de Novembro? Não.
2. O Conselho de Redação ou a Direção de Informação foram consultados para a transcrição destes "brutos" e sua futura entrega a entidades externas à empresa, que claramente violam as regras deontológicas? Não.
3. Se, como se sabe agora, o pedido da PSP era apenas para as imagens emitidas e veio depois dos brutos terem sido transcritos, qual era a função e o destinatário destas gravações? Ninguém sabe responder.
4. Quem originalmente fez este pedido, sabendo-se, como se sabe, que não foram os principais responsáveis da Direção de Informação? Ninguém consegue esclarecer, sendo certo que esse pedido existiu.
5. Que papel tiveram os principais representantes informais de Miguel Relvas dentro empresa, identificados em episódios passados, neste caso? Talvez um dia venhamos a saber.
6. Não estando quase nada esclarecido, porque pôs a administração da empresa a em causa Direção de Informação? Porque há muito que Miguel Relvas se queria ver livre dela e esta desculpa era tão boa como outra qualquer.
7. Quantos episódios rocambolescos terão de acontecer na RTP, em que nunca se sabe de onde vêm as ordens (recordo Pedro Rosa Mendes) e acabam sempre por se demitir os que Miguel Relvas acha estar a mais (recordo demissão do Conselho de Administração anterior), para percebermos que o ministro é um problema grave para a nossa democracia? Este ministro é inimputável. Tudo pode acontecer sem que nada lhe aconteça.

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