20.11.12

A revolta dos sargentos

A Associação Nacional de Sargentos (ANS) lançou hoje um apelo à participação dos militares nas iniciativas de protesto contra o Orçamento do Estado previstas para o dia 27, dia da votação final do documento no Parlamento.
"A instabilidade e insegurança já latentes no seio dos militares, particularmente desde o início de 2005, muito se agravaram com a entrada em funções do atual Governo face às medidas que desde então foram sendo implementadas, mesmo contrariando as promessas eleitorais que lhes permitiram chegar ao poder", lê-se num comunicado hoje divulgado pela ANS.
Considerando que a proposta de Orçamento para 2013 veio agravar este "clima de insegurança e de instabilidade, acrescentando-lhe agora um grave sentimento de indefinição", prossegue o comunicado, a associação apela à presença dos militares na manhã de terça-feira nas galerias da Assembleia da República para assistirem ao momento da votação final global do Orçamento.

Vigília frente ao Palácio de Belém

A ANS apela ainda à participação na vigília marcada para a tarde, em frente ao Palácio de Belém, residência oficial do Presidente da República -o comandante supremo das Forças Armadas - e a quem os militares pedem que não promulgue o Orçamento e o envie para o Tribunal Constitucional.
A realização desta vigília foi decidida a 10 de novembro, no final de uma manifestação organizada pelas três associações que representam os militares e que reuniu em Lisboa milhares de pessoas.
No comunicado de hoje, a ANS sublinha a mobilização conseguida nesta manifestação para contrariar declarações de "diversos responsáveis" pelo Ministério da Defesa Nacional e "responsáveis militares" que querem "tentar fazer passar a imagem de que a instabilidade, o mal-estar e a insegurança não existem no seio dos militares".
A este propósito, a ANS refere ainda o "aparecimento de centenas (por ramo) de pedidos de passagem à situação de reserva" e que "vários militares" tiraram férias quando o ministro Aguiar Branco foi ao Centro de Formação Militar e Técnico da Força Aérea, na Ota, "para não estarem presentes naquele dia", enquanto outros "abdicaram de almoçar para não o fazerem ao mesmo tempo" que o ministro.
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