"A greve, a decorrer no mês de Setembro, dos funcionários consulares da Embaixada em Berna, Consulados de Genebra, Zurique, os Escritórios em Lugano e Sion e a delegação da ONU, é mais do que compreensível; "era a última alternativa que lhes restava".
Sabe-se que a situação salarial dos trabalhadores consulares, professores e outros funcionários do Estado português em actividade na Suíça, se agrava há vários meses.
A indiferença e o reconhecido desdém dos actuais governantes perante a precária situação financeira dos seus funcionários, provocada pela diferenciação cambial e do aumento dos vários impostos sobre os salários, merecem, por parte da comunidade portuguesa residente na Suíça a total condenação.
O Governo Português não está a honrar com os seus compromissos, garantindo, como é sua obrigação, os meios de sustentabilidade necessários aos funcionários em actividade no exterior.
Senão, vejamos, considerando as perdas cambiais e os cortes salariais, em média, os salários dos funcionários consulares rondam um pouco mais de dois mil e setecentos francos suíços, menos que o salário mínimo garantido a um trabalhador da indústria hoteleira. Deste montante, mais de 60 por cento, são destinados a pagamento das rendas dos alojamentos, fora o resto. Com salários deste valor é impossível viver condignamente na Suíça.
A greve, a decorrer no mês de Setembro, dos funcionários consulares da Embaixada em Berna, Consulados de Genebra, Zurique, os Escritórios em Lugano e Sion e a delegação da ONU, é mais do que compreensível; "era a última alternativa que lhes restava".
Para além da prevista greve, as autoridades portugueses tiveram conhecimento, na sequência de um abaixo-assinado que lhes foi entregue, do provável envio de uma carta de denuncia da situação a Micheline Calmy-Rey, Presidente da Confederação Helvética e Ministra dos Negócios Estrangeiros Suíça, "explicando a situação de precariedade em que vivem os funcionários consulares portugueses neste país." Tais funcionários foram sucessivamente recebidos, este mês pela referida Ministra Suíça, a imagem de Portugal fica, longe, muito longe, da imagem digna de Portugal parceiro internacional respeitado, um país moderno, um país que quer estar na linha da frente da União
Europeia.
Europeia.
A realidade é amarga! Ao ser mantida esta situação por muito mais tempo pode levar as famílias dos funcionários a terem de recorrer à assistência social local. O Governo Sócrates / PS sabia disso e não agiu e, o que custa ainda mais é que, o actual Governo PSD, que sempre se colocou a favor destes funcionários, quando estava na oposição, agora ignora a gravidade da situação. Perante o facto, das duas, uma, ou estamos presente a um outro, Governo que está a dormir, ou que pretende alastrar a guerra social contra os trabalhadores e a população portuguesa para fora das suas fronteiras. Também pode ser as duas coisas! Estamos certos que os trabalhadores consulares vão
conseguir superar os desânimos, as resignações, os medos, e lutar contra este estado de coisas. E, não esqueçam, serão mais fortes com a solidariedade dos utentes, com a solidariedade comunidade portuguesa.
conseguir superar os desânimos, as resignações, os medos, e lutar contra este estado de coisas. E, não esqueçam, serão mais fortes com a solidariedade dos utentes, com a solidariedade comunidade portuguesa.
É preciso derrotar esta situação que a todos penaliza.
Basta!!!! Vamos dar uma volta a isto!!!"
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