Image Credit & Copyright: Stephane Vetter (Nuits sacrees)
2012-04-30
A imagem do dia 30-04-2012
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Esvreve o Antonio Loulé: Timor
PARABÉNS TIMOR!
Por Antonio Loulé*
No
fundo, no fundo, os portugueses da Europa sempre souberam muito pouco sobre
Timor. O afastamento geográfico e a própria índole pacífica da história
timorense, até ao quarto decênio do século vinte, contribuíram muito para isso.
A
única ocasião em que houvera, até então, algum dissídio sobre Timor, foi
durante o domínio da dinastia dos Habsburgos, o chamado período filipino da
História de Portugal, que durou de 1580 a 1640. Em guerra com a Holanda por
causa da Flandres, Castela viu os neerlandeses apoderarem-se de largas fatias
do seu novo império: Pernambuco, as feitorias de Angola, e Timor, entre outras.
Daí a existência de um Timor Oeste, holandês, e de um Timor Leste, português,
desde 1912, quando um tratado acabou com a longa disputa e dividiu a ilha entre
Portugal e a Holanda.
Durante
a II Guerra Mundial, e depois do ataque japonês a Pearl Harbour, ingleses e
australianos invadiram a ilha, situada estrategicamente em posição que poderia
ameaçar a Austrália, caso a extraordinária expansão do império do Sol Nascente
não fosse detida como mais tarde foi, após a epopéia de Guadalcanal. O que não
livrou Timor de outra ocupação, a japonesa, que durou até ao fim da Guerra e
teve os seus heróis da Resistência, como D. Aleixo e D. Jeremias.
Por
fim, no nosso tempo, teve Timor que sofrer a inglória ocupação Indonésia, só há
pouco vencida e terminada com a independência do velho Timor Português, hoje
membro da comunidade lingüística de origem lusa.
Países
de recente alfabetização – recente do ponto de vista histórico, claro
está – fundam as
suas origens na tradição oral que sempre se mistura com mitos e lendas, seja
isto no pequeno Mediterrâneo dos gregos e romanos ou no imenso Pacífico dos
timorenses. Estes, diga-se de passagem, começaram a ser alfabetizados pelos
missionários dominicanos depois de 1511. Até lá, o seu passado histórico era a
lenda que, por pouquíssimo conhecida, tentarei resumir aqui.
Segundo
o antigo mito, a origem de Timor seria o “velho crocodilo”, animal que surge
com muita freqüência em lendas orientais, a começar pelo Egito onde era animal
sagrado.
Naquele
tempo vivia em Macassar, para os lados das Celebes, um velho e rugoso crocodilo
que, com as forças depauperadas pela vetusta idade, já quase não conseguia
caçar os seus alimentos. Um jovem pescador, todavia, teve dó dele e começou a
alimentá-lo.
Com
as forças refeitas, o Avô Crocodilo resolveu abandonar as paragens onde vivera
e procurar terras mais para Oriente, para onde rumou transportando o rapaz no
lombo. A viagem foi longa, até chegarem às ilhas de Sonda. Ali chegados, viram
no negrume da noite aparecer uma esfera de fogo que logo espalhou uma
luminosidade intensa e não era outra coisa senão o nascer do sol. Deslumbrado,
o Avô Crocodilo começou então a transformar-se em terra e rochas, em floresta e
praia que, no conjunto, formaram uma ilha em forma de crocodilo, a que os
vizinhos malaios passaram a chamar Timor que, na sua língua, significa Oriente.
Não
se sabe aonde, o rapaz que cavalgara o crocodilo conseguiu encantar uma malaia
que o velho sáurio não se importou de transportar também – e foi desse casal,
desse rapaz cheio de bondade e dessa moça cheia de amor e coragem que nasceram
os timorenses de hoje. Corajosos e bons.
* É
Membro da Academia Luso-Brasileira de Letras
2012-04-29
2012-04-27
Avião com nave «às costas» sobrevoa Nova Iorque
A nave Enterprise foi transportada esta sexta-feira de Wasington para Nova
Iorque, acoplada «às costas» de um Boeing 747.
O avião sobrevoou a cidade de Nova Iorque, dando oportunidade aos turistas de captarem imagens únicas.
A nave da Nasa nunca saiu da Terra, servindo apenas de protótipo. Agora vai ficar em exposição a partir de julho.
O avião sobrevoou a cidade de Nova Iorque, dando oportunidade aos turistas de captarem imagens únicas.
A nave da Nasa nunca saiu da Terra, servindo apenas de protótipo. Agora vai ficar em exposição a partir de julho.
Texto - "Nojo"
NOJO…
Chegava do trabalho, saindo do
“metrô” e o meu olhar
Foi atraído por uma garota jovem,
modelada, vestida
De maneira especial: calções e
tee-shirt bem apertados
Risca branca nas costas descobertas,
resultado do sol.
Pequenina, proporcionada, adivinhei-a,
bonita mas na
Multidão de Copacabana, cedo a
perdi de vista;
Aproximava-me do hotel, compenetrado
em todos os
Problemas com que todo ser Humano
se confronta.
Como se chama um elevador no
Brasil? Todos
Sabemos que é como em qualquer
parte do Mundo:
Carrega-se no botão, e com alguma
sorte, o dito
Chega sem qualquer lentidão desesperante;
Como deve ser, deixam-se entrar
as senhoras e os
Cavalheiros, se o são, entram,
depois de averiguar
As possibilidades de todos
caberem. Foi nessa altura
Que voltei a ver a mesma miúda;
de facto linda.
Mas com uma expressão de
desgosto, olhos vermelhos
De choro ou resultado de absorção
de qualquer tipo de
De substância a que podemos
alcunhar de “merda” como
E conhecida na gíria dos infelizes;
ao seu lado vi o porco.
Tipo desajeitado, sorriso pateta,
acentuado talvez pela
Careca mais que nascente,
estúpido, abrutalhado, de
Mediana estatura, calções na
barriga das pernas, panca
Enorme e beato sorriso de
predador assumido…
Ao sair do elevador lançou um
justificativo “Boa tarrrde”.
Não se traiu porque tínhamos
percebido que é um chamado
Turista sexual! Pensei na miúda,
pensei na injustiça, pensei…
Cheguei a casa com enorme vontade
de vomitar…
JMIRA
Ikira Baru - "Preferi perderte" - Video - Musica
Quem navega pela net, é por vezes agradavelmente surpreendido
por qualquer tipo de forma de talento. Hoje, quase por acaso, "descobri" Ikira Baru. Jovem intérprete de musica latina de grandes compositores sul-americanos; a colombiana, além de ser linda, possui uma voz extraordinaria, digna de Omara Portuondo... Esta quase tudo dito; resta o essencial: disfrutar desta voz maravilhosa!
Ikira Baru - "Preferi perderte"
2012-04-26
A imagem do dia 2G-04-2012
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Mario Barradas: um historico progressista
Neste aniversario da "Revolucão de Abril", não podia deixar de a ela associar o nome de Mario Barradas. Nestes tempos conturbados em que a ganância e cobardia parecem caracterizar muitos dos nossos politicos, aqui vai a minha modesta homenagem para um Homem de conviccão e de esquerda.

Mario Barradas dedicou a sua vida à cena artistica e defesa da democracia.

Mario, como se dizia com o Marquês de Pombal, volta ca ver o que eles fizeram do nosso Portugal!
Dizia Mario Barradas, pouco antes da sua morte:
"Tenho nojo daquilo em que Portugal se está a transformar. Eu sou um homem de teatro, actor e encenador, mas nunca me misturei com o que considero o gosto do dinheiro, o facilitismo e a falta de rigor".
Ver biografia:
Mário de Melo dos Santos Barradas (Ponta Delgada, 7 de Agosto de 1931 — Lisboa, 19 de Novembro de 2009) foi um encenador e actor, fundador na década de 1960 do Teatro Universitário de Moçambique e, mais tarde, do Centro Dramático de Évora, o CENDREV, de Évora. Foi uma das figuras mais marcantes do panorama teatral português após a Revolução dos Cravos.
Mario Barradas dedicou a sua vida à cena artistica e defesa da democracia.

Mario, como se dizia com o Marquês de Pombal, volta ca ver o que eles fizeram do nosso Portugal!
Dizia Mario Barradas, pouco antes da sua morte:
"Tenho nojo daquilo em que Portugal se está a transformar. Eu sou um homem de teatro, actor e encenador, mas nunca me misturei com o que considero o gosto do dinheiro, o facilitismo e a falta de rigor".
Ver biografia:
Mário de Melo dos Santos Barradas (Ponta Delgada, 7 de Agosto de 1931 — Lisboa, 19 de Novembro de 2009) foi um encenador e actor, fundador na década de 1960 do Teatro Universitário de Moçambique e, mais tarde, do Centro Dramático de Évora, o CENDREV, de Évora. Foi uma das figuras mais marcantes do panorama teatral português após a Revolução dos Cravos.
Mário Barradas, como tantos outros, começou a interessar-se pelo Teatro no Liceu Nacional Antero de Quental, em Ponta Delgada, onde nasceu.
De 1949 a 1954, licencia-se em Direito pela Universidade de Lisboa, e em 1954 assina a sua primeira encenação com a peça O Mestre Escola de Keita Fodebado, um grande poeta da Guiné Conacri, com tradução de Mário Pinto de Andrade. Entretanto dizia poemas em diversos locais, Barreiro, Coimbra, Casa dos Estudantes do Império e Cooperativa dos Trabalhadores de Portugal.
Em 1956, como militar, partiu para Timor, e aí montou espectáculos, entre os quais "A Farsa de Mestre Pathelin" de autor anónimo do século XV.
Em 1962 partiu para Moçambique, onde fundou o Teatro de Amadores de Lourenço Marques (TALM) e onde, até Abril de 1969, montou e interpretou 19 textos de teatro, entre os quais textos de Giraudaux, Cervantes, Lorca, O'Casey, Albee, Ghelderode, Brecht, e outros. Exerceu advocacia nesse período.
Em Outubro de 1969, com uma bolsa da Fundação Gulbenkian, ingressou, como aluno, na Escola Superior de Arte Dramática do Teatro Nacional de Estrasburgo onde, em 1971, foi convidado para professor assistente. Em Junho de 1972, a convite da dra Madalena Perdigão, dirigiu o espectáculo final dos primeiros alunos da nova Reforma do Conservatório Nacional, tendo a partir de Outubro integrado a respectiva Comissão e passado a dirigir o mesmo Conservatório.
Ligou-se entretanto ao grupo de Teatro Independente Os Bonecreiros, onde encenou A Mosqueta de Ruzante, A Grande Imprecação Diante das Muralhas da Cidade de Dorst e Noite de Guerra no Museu do Prado, de Rafael Alberti, esta já depois da Revolução de 25 de Abril.
A partir de Maio de 1974 iniciou, com Norberto Ávila, a preparação da primeira companhia da Descentralização Teatral em Portugal e em 2 de Janeiro de 1975 fundou o Centro Cultural de Évora, mais tarde Centro Dramático de Évora – Cendrev, com sede no já centenário Teatro Garcia de Resende.
Encenou entretanto espectáculos em Viana do Castelo, Porto, Braga, Vila Real de Trás os Montes, no Teatro da Beira da Covilhã, Coimbra, nos Açores, e em diversos outros locais.
Dirigiu cursos de formação de actores em inúmeras localidades do país.
Em Évora, fundou, com o encenador Luís Varela, a Escola de Formação Teatral do Cendrev.
Encenou e interpretou textos de Aristófanes, Molière, Corneille, Mérimée, Büchner, Marivaux, Shakespeare, Goldoni, Tchekov, Turrini, Dorst, Bernard-Marie Koltèz, de quem foi colega e amigo, Vinaver, Bond, Gil Vicente, Sá de Miranda, Chiado, Garrett, Raul Brandão e muitos outros.
Fundou o Teatro da Malaposta com José Peixoto e José Martins.
Foi Presidente indigitado do IPAE, pelo Professor Manuel Maria Carrilho, em 1997, cargo de que se demitiu.
Foi director da revista ADÁGIO do Cendrev. Com a sua acção, Mário Barradas deu um contributo activo e fundamental para o desenvolvimento do panorama teatral português nas últimas décadas, razão pela qual recebeu a Medalha de Ouro da Cidade de Évora, a medalha de Mérito Cultural do Ministério da Cultura, e em 1987 foi agraciado pelo Presidente da República Portuguesa com a comenda da Ordem do Mérito Cultural.
A morte inesperada impediu-o de realizar o último projecto em que, com grande entusiasmo, trabalhou: a encenação de Troilus e Créssida, de William Shakespeare, co-produção entre a Companhia Teatro de Almada, A Companhia de Teatro do Algarve e a Companhia de Teatro de Braga, cuja estréia estava prevista para 22 de Abril de 2010. Em sua substituição, e em homenagem a Mário Barradas, a peça será encenada pelo actor e encenador suíço Michel Kullemann, com cenografia e figurinos de Christian Ratz, cenógrafo francês do Teatro Nacional de Estrasburgo.[1]
Foi sepultado no Cemitério do Alto de São João, em Lisboa.
Foi casado com Maria Joana de Faria Bento Pessoa, com quem teve três filhos, Rui, Miguel, e Nuno.
Acaba a sua autobiografia[2] com a frase Duas últimas observações. Partilho a ideologia marxista-leninista e tenho nojo daquilo em que Portugal se está a transformar. E sou um homem de teatro, actor e encenador, mas nunca me misturei com o que considero o gosto do dinheiro, o facilitismo e a falta de rigor.
HASTA SIEMPRE, PRIMO!
HASTA SIEMPRE, PRIMO!
2012-04-25
Existir ou viver
" Os homens perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem dinheiro para recuperar a saúde.
E por pensarem ansiosamente no futuro se esquecem do presente de forma que acabam por não viver nem o presente, nem o futuro.
E vivem como se nunca fossem morrer... e morrem como se nunca tivessem vivido."
Cidade do Rio anuncia epidemia de dengue
O número de casos registados da doença este ano passa de 50 mil
A cidade do Rio de Janeiro enfrenta uma nova epidemia de dengue. A constatação foi feita pelo secretário municipal de Saúde, Hans Dohmann, ao informar que o número de casos registrados por 100 mil habitantes ultrapassou 300 notificações no mês de março. O número de casos registrados da doença este ano passa de 50 mil. Só na última semana foram notificados 517 casos.
O maior número de casos consolidados de dengue foi registrado nos bairros de Bangu, Realengo e Campo Grande, na zona oeste, com 420 notificações, seguido de Madureira e região, com 29 ocorrências. Na maioria dos casos (84%), a incidência é de dengue do tipo 4.
(Com informações de Agência Brasil)
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