2012-04-30

A imagem do dia 30-04-2012

See Explanation.  Clicking on the picture will download
 the highest resolution version available.
Aurora Over Raufarhöfn
Image Credit & Copyright: Stephane Vetter (Nuits sacrees)
Explanation: It was all lined up even without the colorful aurora exploding overhead. If you follow the apex line of the recently deployed monuments of Arctic Henge in Raufarhöfn in northern Iceland from this vantage point, you will see that they point due north. A good way to tell is to follow their apex line to the line connecting the end stars of the Big Dipper, Merak and Dubhe, toward Polaris, the bright star near the north spin axis of the Earth projected onto the sky. By design, from this vantage point, this same apex line will also point directly at the midnight sun at its highest point in the sky just during the summer solstice of Earth's northern hemisphere. In other words, the Sun will not set at Arctic Henge during the summer solstice in late June, and at its highest point in the sky it will appear just above the aligned vertices of this modern monument. The above image was taken in late March during a beautiful auroral storm.

Esvreve o Antonio Loulé: Timor


PARABÉNS TIMOR!
             Por Antonio Loulé*
No fundo, no fundo, os portugueses da Europa sempre souberam muito pouco sobre Timor. O afastamento geográfico e a própria índole pacífica da história timorense, até ao quarto decênio do século vinte, contribuíram muito para isso.
A única ocasião em que houvera, até então, algum dissídio sobre Timor, foi durante o domínio da dinastia dos Habsburgos, o chamado período filipino da História de Portugal, que durou de 1580 a 1640. Em guerra com a Holanda por causa da Flandres, Castela viu os neerlandeses apoderarem-se de largas fatias do seu novo império: Pernambuco, as feitorias de Angola, e Timor, entre outras. Daí a existência de um Timor Oeste, holandês, e de um Timor Leste, português, desde 1912, quando um tratado acabou com a longa disputa e dividiu a ilha entre Portugal e a Holanda.
Durante a II Guerra Mundial, e depois do ataque japonês a Pearl Harbour, ingleses e australianos invadiram a ilha, situada estrategicamente em posição que poderia ameaçar a Austrália, caso a extraordinária expansão do império do Sol Nascente não fosse detida como mais tarde foi, após a epopéia de Guadalcanal. O que não livrou Timor de outra ocupação, a japonesa, que durou até ao fim da Guerra e teve os seus heróis da Resistência, como D. Aleixo e D. Jeremias.
Por fim, no nosso tempo, teve Timor que sofrer a inglória ocupação Indonésia, só há pouco vencida e terminada com a independência do velho Timor Português, hoje membro da comunidade lingüística de origem lusa.
Países de recente alfabetização – recente do ponto de vista histórico, claro
está – fundam as suas origens na tradição oral que sempre se mistura com mitos e lendas, seja isto no pequeno Mediterrâneo dos gregos e romanos ou no imenso Pacífico dos timorenses. Estes, diga-se de passagem, começaram a ser alfabetizados pelos missionários dominicanos depois de 1511. Até lá, o seu passado histórico era a lenda que, por pouquíssimo conhecida, tentarei resumir aqui.
Segundo o antigo mito, a origem de Timor seria o “velho crocodilo”, animal que surge com muita freqüência em lendas orientais, a começar pelo Egito onde era animal sagrado.
Naquele tempo vivia em Macassar, para os lados das Celebes, um velho e rugoso crocodilo que, com as forças depauperadas pela vetusta idade, já quase não conseguia caçar os seus alimentos. Um jovem pescador, todavia, teve dó dele e começou a alimentá-lo.
Com as forças refeitas, o Avô Crocodilo resolveu abandonar as paragens onde vivera e procurar terras mais para Oriente, para onde rumou transportando o rapaz no lombo. A viagem foi longa, até chegarem às ilhas de Sonda. Ali chegados, viram no negrume da noite aparecer uma esfera de fogo que logo espalhou uma luminosidade intensa e não era outra coisa senão o nascer do sol. Deslumbrado, o Avô Crocodilo começou então a transformar-se em terra e rochas, em floresta e praia que, no conjunto, formaram uma ilha em forma de crocodilo, a que os vizinhos malaios passaram a chamar Timor que, na sua língua, significa Oriente.
Não se sabe aonde, o rapaz que cavalgara o crocodilo conseguiu encantar uma malaia que o velho sáurio não se importou de transportar também – e foi desse casal, desse rapaz cheio de bondade e dessa moça cheia de amor e coragem que nasceram os timorenses de hoje. Corajosos e bons.
           * É Membro da Academia Luso-Brasileira de Letras

2012-04-27

Avião com nave «às costas» sobrevoa Nova Iorque

Boeing com Enterprise sobrevoa Nova Iorque [Foto: Reuters]

A nave Enterprise foi transportada esta sexta-feira de Wasington para Nova Iorque, acoplada «às costas» de um Boeing 747.

O avião sobrevoou a cidade de Nova Iorque, dando oportunidade aos turistas de captarem imagens únicas.

A nave da Nasa nunca saiu da Terra, servindo apenas de protótipo. Agora vai ficar em exposição a partir de julho. 

Texto - "Nojo"


NOJO…


Chegava do trabalho, saindo do “metrô” e o meu olhar

Foi atraído por uma garota jovem, modelada, vestida

De maneira especial: calções e tee-shirt  bem apertados

Risca branca nas costas descobertas, resultado do sol.

 

Pequenina, proporcionada, adivinhei-a, bonita mas na

Multidão de Copacabana, cedo a perdi de vista;

Aproximava-me do hotel, compenetrado em todos os

Problemas com que todo ser Humano se confronta.

 

Como se chama um elevador no Brasil? Todos

Sabemos que é como em qualquer parte do Mundo:

Carrega-se no botão, e com alguma sorte, o dito

Chega sem  qualquer lentidão desesperante;

 

Como deve ser, deixam-se entrar as senhoras e os

Cavalheiros, se o são, entram, depois de averiguar

As possibilidades de todos caberem. Foi nessa altura

Que voltei a ver a mesma miúda; de facto linda.

 

Mas com uma expressão de desgosto, olhos vermelhos

De choro ou resultado de absorção de qualquer tipo de

De substância a que podemos alcunhar de “merda” como

E conhecida na gíria dos infelizes; ao seu lado vi o porco.

 

Tipo desajeitado, sorriso pateta, acentuado talvez pela

Careca mais que nascente, estúpido, abrutalhado, de

Mediana estatura, calções na barriga das pernas, panca

Enorme e beato sorriso de predador assumido…

 

Ao sair do elevador lançou um justificativo “Boa tarrrde”.

Não se traiu porque tínhamos percebido que é um chamado

Turista sexual! Pensei na miúda, pensei na injustiça, pensei…

Cheguei a casa com enorme vontade de vomitar…

 

JMIRA     

 

 

Ikira Baru - "Preferi perderte" - Video - Musica


Quem navega pela net, é por vezes agradavelmente surpreendido 
por qualquer tipo de forma de talento. Hoje, quase por acaso, "descobri" Ikira Baru. Jovem intérprete de musica latina de grandes compositores sul-americanos; a colombiana, além de ser  linda, possui uma voz extraordinaria, digna de Omara Portuondo... Esta quase tudo dito; resta o essencial: disfrutar desta voz maravilhosa!


Ikira Baru - "Preferi perderte"

2012-04-26

A imagem do dia 2G-04-2012


See Explanation.  Clicking on the picture will download
 the highest resolution version available.
Morning, Moon, and Mercury
Image Credit & Copyright: Stephen Mudge
Explanation: Last week Mercury wandered far to the west of the Sun. As the solar system's innermost planet neared its greatest elongation or greatest angle from the Sun (for this apparition about 27 degrees) it was joined by an old crescent Moon. The conjunction was an engaging sight for early morning risers in the southern hemisphere. There the pair rose together in predawn skies, climbing high above the horizon along a steeply inclined ecliptic plane. This well composed sequence captures the rising Moon and Mercury above the city lights of Brisbane in Queensland, Australia. A stack of digital images, it consists of an exposure made every 3 minutes beginning at 4:15 am local time on April 19. Mercury's track is at the far right, separated from the Moon's path by about 8 degrees.

Mario Barradas: um historico progressista


Neste aniversario da "Revolucão de Abril", não podia deixar de a ela associar o nome de Mario Barradas. Nestes tempos conturbados em que a ganância  e cobardia parecem caracterizar muitos dos nossos politicos, aqui vai a minha modesta homenagem para um Homem de conviccão e de esquerda.
  


Mario Barradas dedicou a sua vida  à cena artistica e defesa da democracia.





Mario, como se dizia com o Marquês de Pombal, volta ca ver o que eles fizeram do nosso Portugal!


Dizia Mario Barradas, pouco antes da sua morte:


"Tenho nojo daquilo em que Portugal se está a transformar. Eu sou um homem de teatro, actor e encenador, mas nunca me misturei com o que considero o gosto do dinheiro, o facilitismo e a falta de rigor".


Ver biografia:


Mário de Melo dos Santos Barradas (Ponta Delgada7 de Agosto de 1931 — Lisboa19 de Novembro de 2009) foi um encenador e actor, fundador na década de 1960 do Teatro Universitário de Moçambique e, mais tarde, do Centro Dramático de Évora, o CENDREV, de Évora. Foi uma das figuras mais marcantes do panorama teatral português após a Revolução dos Cravos.
Mário Barradas, como tantos outros, começou a interessar-se pelo Teatro no Liceu Nacional Antero de Quental, em Ponta Delgada, onde nasceu.
De 1949 a 1954, licencia-se em Direito pela Universidade de Lisboa, e em 1954 assina a sua primeira encenação com a peça O Mestre Escola de Keita Fodebado, um grande poeta da Guiné Conacri, com tradução de Mário Pinto de Andrade. Entretanto dizia poemas em diversos locais, Barreiro, Coimbra, Casa dos Estudantes do Império e Cooperativa dos Trabalhadores de Portugal.
Em 1956, como militar, partiu para Timor, e aí montou espectáculos, entre os quais "A Farsa de Mestre Pathelin" de autor anónimo do século XV.
Em 1962 partiu para Moçambique, onde fundou o Teatro de Amadores de Lourenço Marques (TALM) e onde, até Abril de 1969, montou e interpretou 19 textos de teatro, entre os quais textos de Giraudaux, Cervantes, Lorca, O'Casey, Albee, Ghelderode, Brecht, e outros. Exerceu advocacia nesse período.
Em Outubro de 1969, com uma bolsa da Fundação Gulbenkian, ingressou, como aluno, na Escola Superior de Arte Dramática do Teatro Nacional de Estrasburgo onde, em 1971, foi convidado para professor assistente. Em Junho de 1972, a convite da dra Madalena Perdigão, dirigiu o espectáculo final dos primeiros alunos da nova Reforma do Conservatório Nacional, tendo a partir de Outubro integrado a respectiva Comissão e passado a dirigir o mesmo Conservatório.
Ligou-se entretanto ao grupo de Teatro Independente Os Bonecreiros, onde encenou A Mosqueta de Ruzante, A Grande Imprecação Diante das Muralhas da Cidade de Dorst e Noite de Guerra no Museu do Prado, de Rafael Alberti, esta já depois da Revolução de 25 de Abril.
A partir de Maio de 1974 iniciou, com Norberto Ávila, a preparação da primeira companhia da Descentralização Teatral em Portugal e em 2 de Janeiro de 1975 fundou o Centro Cultural de Évora, mais tarde Centro Dramático de Évora – Cendrev, com sede no já centenário Teatro Garcia de Resende.
Encenou entretanto espectáculos em Viana do Castelo, Porto, Braga, Vila Real de Trás os Montes, no Teatro da Beira da Covilhã, Coimbra, nos Açores, e em diversos outros locais.
Dirigiu cursos de formação de actores em inúmeras localidades do país.
Em Évora, fundou, com o encenador Luís Varela, a Escola de Formação Teatral do Cendrev.
Encenou e interpretou textos de AristófanesMolière, Corneille, Mérimée, Büchner, Marivaux, Shakespeare, Goldoni, Tchekov, Turrini, Dorst, Bernard-Marie Koltèz, de quem foi colega e amigo, Vinaver, Bond, Gil Vicente, Sá de Miranda, Chiado, Garrett, Raul Brandão e muitos outros.
Fundou o Teatro da Malaposta com José Peixoto e José Martins.
Foi Presidente indigitado do IPAE, pelo Professor Manuel Maria Carrilho, em 1997, cargo de que se demitiu.
Foi director da revista ADÁGIO do Cendrev. Com a sua acção, Mário Barradas deu um contributo activo e fundamental para o desenvolvimento do panorama teatral português nas últimas décadas, razão pela qual recebeu a Medalha de Ouro da Cidade de Évora, a medalha de Mérito Cultural do Ministério da Cultura, e em 1987 foi agraciado pelo Presidente da República Portuguesa com a comenda da Ordem do Mérito Cultural.
A morte inesperada impediu-o de realizar o último projecto em que, com grande entusiasmo, trabalhou: a encenação de Troilus e Créssida, de William Shakespeare, co-produção entre a Companhia Teatro de Almada, A Companhia de Teatro do Algarve e a Companhia de Teatro de Braga, cuja estréia estava prevista para 22 de Abril de 2010. Em sua substituição, e em homenagem a Mário Barradas, a peça será encenada pelo actor e encenador suíço Michel Kullemann, com cenografia e figurinos de Christian Ratz, cenógrafo francês do Teatro Nacional de Estrasburgo.[1]
Foi sepultado no Cemitério do Alto de São João, em Lisboa.
Foi casado com Maria Joana de Faria Bento Pessoa, com quem teve três filhos, Rui, Miguel, e Nuno.
Acaba a sua autobiografia[2] com a frase Duas últimas observações. Partilho a ideologia marxista-leninista e tenho nojo daquilo em que Portugal se está a transformar. E sou um homem de teatro, actor e encenador, mas nunca me misturei com o que considero o gosto do dinheiro, o facilitismo e a falta de rigor.


HASTA SIEMPRE, PRIMO!

2012-04-25

Existir ou viver


Os homens perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem dinheiro para recuperar a saúde.
E por pensarem ansiosamente no futuro se esquecem do presente de forma que acabam por não viver nem o presente, nem o futuro.
E vivem como se nunca fossem morrer... e morrem como se nunca tivessem vivido."

Cidade do Rio anuncia epidemia de dengue


O número de casos registados da doença este ano passa de 50 mil

Cidade do Rio anuncia epidemia

A cidade do Rio de Janeiro enfrenta uma nova epidemia de dengue. A constatação foi feita pelo secretário municipal de Saúde, Hans Dohmann, ao informar que o número de casos registrados por 100 mil habitantes ultrapassou 300 notificações no mês de março. O número de casos registrados da doença este ano passa de 50 mil. Só na última semana foram notificados 517 casos.

O maior número de casos consolidados de dengue foi registrado nos bairros de Bangu, Realengo e Campo Grande, na zona oeste, com 420 notificações, seguido de Madureira e região, com 29 ocorrências. Na maioria dos casos (84%), a incidência é de dengue do tipo 4.

(Com informações de Agência Brasil)