2014-06-10

Viver com burocracia no Rio de Janeiro

Homem pratica stand up paddle na Praia de Copacabana Foto: Fernando Quevedo / Agência O Globo
RIO - Visto, carteira de trabalho e de motorista, validação de diplomas, CPF... A burocracia é a principal barreira que o executivo estrangeiro enfrenta ao escolher vir trabalhar no Brasil. Pesquisa exclusiva que a PricewaterhouseCoopers (PwC) divulga nesta segunda-feira , feita com 97 executivos instalados no Rio, mostra, porém, que a beleza da cidade e a hospitalidade dos cariocas tornam a qualidade de vida aqui um dos pontos altos eleitos pelos estrangeiros.
— O problema já começa com o visto de entrada. Há casos de executivos que levaram até um ano para conseguir os documentos. Com os investimentos previstos para o Rio nos próximos anos e o pré-sal, o Brasil precisa de recursos humanos preparados numa quantidade suficiente para realizar esses investimentos — afirmou Ivan Clark, sócio da PwC Brasil e líder do escritório no Rio de Janeiro.
Falta de segurança e trânsito complicado são as questões negativas apontadas pelos estrangeiros que vieram em sua maioria da Europa (61%) e da América do Norte (18%).
Os pontos negativos não impedem que o executivo goste da cidade: 80% dos entrevistados estão felizes com a qualidade de vida daqui
— A beleza, as praias, o clima agradam os executivos. Tanto que a maioria diz que quer ficar mais tempo no Rio — diz Clark.
Mais de 80% dos executivos disseram que aceitariam estender o contrato por mais cinco anos no Brasil.
— Esses executivos têm bastante contato com a comunidade estrangeira e, por isso, é importante que ele levem uma boa imagem do Brasil.
Segundo os registros do Ministério do Trabalho, o Rio foi o estado que mais recebeu trabalhadores estrangeiros. Foram 22.285 vistos concedidos no ano passado. Os pesquisadores ouviram diretores executivos, financeiros e gerentes.
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http://oglobo.globo.com/economia/burocracia-a-maior-barreira-para-estrangeiros-12768736#ixzz34GDgdX62

2014-06-09

Max - "A mula da cooperativa" - Video - Humor - Live

"A mula da ccoperativa"

Tem a palavra Paulo Terça: Portugal humilhado!


Paulo Terça reagiu assim à noticia publicada no "Dinheiro Vivo" dando conta de mais uma perda de soberania de Portugal  para os escroques de Bruxelas: 

"Ora então, todos os orçamentos, criados pelos governos europeus democraticamente eleitos, serão submetidos à aprovação da comissão europeia, uma instituição que não é eleita democráticamente. Não é difícil de perceber que isto, na práctica, significará que a Alemanha poderá decidir de que forma serão feitos os investimentos públicos em cada país. Se, por exemplo, for inconveniente que Portugal invista em conhecimento que possa vir a criar concorrência com a Alemanha, esta poderá boicotar qualquer tipo de investimento nessa área, com base em meras tecnicalidades orçamentais. Com base nisto, Portugal poderá ser mantido eternamente como uma sweat shop para fornecimento de mão de obra barata.

Pressupostamente, a Europa foi sonhada em determinada altura como um espaço onde todos os povos poderiam evoluir de forma solidária (evolução que surgiu posteriormente às necessidades da França no pós-guerra, e que tanto beneficiaram a Alemanha). Mas agora, ninguém discute de que forma fazer parte da União Europeia poderá ajudar cada um dos países. A Comunidade da Europa transformou-se no Império Alemão.

Numa nota final: que o palerma do Seguro tenha apoiado o tratado orçamental é a prova acabada de que não há nada a esperar deste cretino. Não sei quanta diferença poderá fazer ter o Costa à frente do PS, mas de certeza que pior que o Seguro é impossível."

Paulo Terça

NB: subscrevemos "por baixo sublinhado" 
 

Foto - Amaia - Si petite, si fragile, tendre et belle



Si petite, si fragile, tendre et belle: AMAIA

2014-06-08

Tem a palavra Anjos Fernandes - "O amanhecer do apocalipse"

Como sabemos, o estado novo durou quarenta e oito anos, tendo-se desfeito pela putrefação em que caiu. Com ou sem golpe de estado, o seu fim estava anunciado.
Caído aquele, surgiu a liberdade e a democracia, apesar das tentativas dos “amanhãs que cantam”.
Quarenta anos volvidos, encontramo-nos no lodaçal, incapazes de termos presente e sonharmos com o futuro.
Quer dizer, estamos hoje na mesma situação de há quarenta anos, com muitas agravantes, talvez a pior de todas é que até na casa de banho nos podem controlar. A liberdade foi esfrangalhada, pelo que deixámos de vivenciar em democracia, pois que esta não sobrevive sem liberdade.
Apraz notar que hoje se vive debaixo de uma ditadura fiscal feroz, que não é possível combater, porquanto, regras fiscais deliberadas pelas maiorias, são tidas por legítimas. A democracia bem poderá ser a pior das ditaduras, na medida em que a legitimidade advém do voto, parecendo não existir limites.
Os limites são balizados pela constituição, todavia o intérprete é o político. Não é verdade que o Tribunal Constitucional é um órgão político, sofrendo dos mesmos males que atingem a política e os políticos em geral?
O pós 25 de Abril está podre, não pode manter-se, devendo ser substituído por outras formas de organização social e política, agora não com panos quentes, mas antes de forma radical, castigando-se de forma exemplar os falsários da democracia, não tendo estes lugar na nova etapa.
Para tanto será necessário que o povo (população) saia do estado de hipnose, se consciencialize dos seus direitos e que não mais permita que bandidos o governem. Tudo, nem que seja pela força da forquilha, da paulada, ou do apedrejamento.
Ao Partido Social “Democrata” dedico este meu virulento mas Honesto escrito.
- É do conhecimento geral que sou ateu por devoção e anarca por convicção. Por tal não existirá suspeição política ou religiosa sobre este meu escrito.
Desde o ano de 2009, que tenho acompanhado com enorme interesse a vida política em Portugal e com redobrada atenção o que se passa na minha amada cidade de Leiria.
E o que constato é que o governo de Leiria é constituído por marionetes, conduzidas por caciques locais, entre outros, um clínico que sonha ser presidente e um engenheiro que já foi presidente, havendo ainda outras figuras menores que controlam o aparelho partidário. Tudo se comporta num esquema piramidal, contrário à liberdade e à democracia, sendo antes um enorme polvo, cujos tentáculos tudo abraça.
Por último, vos digo: Ter um amigo político
É ter uma moeda falsa no bolso!
Leiria 24 de Abril de 2014
Anjos Fernandes
 

Historia Portugal/Indonésia - Os Portugueses foram os primeiros ocidentais a chegar à Indonésia (1511)

bandeira da indonésia Vetor
Os avanços tecnológicos dos portugueses no início do século XVI — designadamente na construção de navios e no fabrico de armas — permitiram-lhes empreender expedições de exploração e expansão bem longe da sua terra natal. Começando com as primeiras expedições enviadas da recém-conquistada Malaca em 1512, os portugueses foram os primeiros europeus a chegar à actual Indonésia, procurando dominar as valiosas fontes de especiarias e aumentar os seus esfoços missionários. As tentativas iniciais dos portugueses para estabelecer uma coligação e um tratado de paz em 1512 com o Reino de Sunda de Java Ocidental, falharam devido à hostilidade entre os reinos indígenas de Java. Os portugueses deslocaram-se, então, mais para Leste, para as Ilhas Molucas, que eram constituídas por um conjunto de principados e reinos que estavam ocasionalmente em guerra uns com os outros, mas que mantinham um comércio inter-ilhas e internacional. Através, quer de conquistas militares quer de alianças com os governantes locais, os portugueses estabeleceram entrepostos, fortes e missões na Indonésia oriental, nomeadamente nas ilhas de Ternate, Amboina e Solor. A segunda metade do século XVI marca o culminar das actividades missionárias portuguesas, numa época em que as conquistas militares no arquipélago já haviam terminado e em que os seus interesses na Ásia Oriental começam a deslocar-se para o Japão, Macau e a China. O açúcar do Brasil e o comércio de escravos no Atlântico, por sua vez, contribuem, também, para desviar as atenções da Indonésia.
Os portugueses foram, também, os primeiros europeus a aportar às Celebes do Norte. São Francisco Xavier visitou e apoiou a missão de Tolo, na ilha de Halmaera, a primeira missão católica nas Molucas. A missão foi criada em 1534, quando alguns chefes de Morotia vieram a Ternate pedindo o baptismo. Simão Vaz, padre de Ternate, deslocou-se a Tolo fundando a missão que acabou por se tornar objecto de conflito com os espanhóis. Mais tarde, Simão Vaz acabou por ser assassinado.

2014-06-06

Metro de Lisboa:TC deteta "desvios" (Roubalheira) financeiros e falhas de gestão em obras

O Tribunal de Contas (TC) detetou desvios financeiros de 18 milhões de euros nas obras de extensão da linha vermelha do metro de Lisboa, mais precisamente na ligação de Oriente ao aeroporto, e ainda falhas de atuação e de gestão nesta e numa outra obra de manutenção na linha azul.
Esta avaliação, diz o TC num documento ontem publicado, surge de "uma denúncia, anónima, relacionada com eventuais ilegalidades cometidas pelo Metropolitano de Lisboa (ML)" nomeadamente "em matéria de contratação pública e de empreitadas de obras públicas" e que "refletiam irregularidades graves na gestão dos dinheiros públicos".
 
Conclui o órgão liderado por Guilherme d"Oliveira Martins que o Metropolitano de Lisboa "acautelou", de uma forma geral, o cumprimento da lei na fase da contratação. Mas não deixa de apontar "várias deficiências" que acabaram por comprometer a execução das duas empreitadas,. Em causa coisas tão diversas como a ausência de planeamento, alterações aos projetos e derrapagem dos prazos.
Não admira, por isso, que, em vez dos 118,1 milhões de euros inicialmente contratados, a ligação Oriente-aeroporto tenha acabado por custar 136,2 milhões, um aumento de 15,3%. Só a nível de elaboração do projeto, o desvio foi de 32,2%, com um custo final de 7,5 milhões. Os serviços de revisão do projeto implicaram, por seu turno, um acréscimo de custos de 53,7%: foram pagos à Cenorgeo 592 mil em vez dos 385 mil contratados.
No que à execução da obra diz respeito, o desvio financeiro foi de 12,9%, sendo que o custo total, de 121,4 milhões, foi agravado em 14 milhões e, por fim, no que à fiscalização diz respeito, o valor total dos pagamentos efetuados à Fagipt ascendeu a 6,646 milhões, ou seja, 45,8% acima do previsto.

2014-06-05

Texto - Morte de Pedro Passos Coelho


Não, não morreu assassinado, embora a maioria dos Portugueses tivessem razão de o fazer; não se suicidou, apenas deixou de existir politicamente. 

Depois de todas as chumbadas e asneiradas que se têm sucedido ao longo do estatuto como primeiro-ministro e, como são tantas a memoria nos pode falhar, eis que depois de tantas palermices – mas sempre ditadas pelo permanente e constante ódio do Povo – “Peter Steps Rabbit”, cuja formação é indirectamente proporcional à inteligência, tenta um novo truque.
 
O leitor poder-se-ia questionar: que inventou o verdugo para ainda mais torturar os Portugueses?
 
Apostamos que qualquer ser dotado de um mínimo de bom senso possa adivinhar o que possa ter surgido no cérebro da maléfica criatura… Que voltas vai mais trocar…
 
O Coelho chumbado arrelia-se! O Coelho com a traseira a arder é cada vez mais salazarista…
 
 Portugueses, Amigos, estamos feitos por muitos tempos, é que do outro lado, na oposição PS, nada se propõe; a não ser guerras politico-partidarias entre “Seguros” e “Costas”! 
 
E assim vamos continuar a sobreviver.
 
Mas que fez de tão grave o Coelho chumbado?
 
Temos todos visto na comunicação social os impulsos loucos da “Peter Steps Rabbit & Submarinos Paul”; que invariavelmente se queixam do Tribunal Constitucional,  e os violentos ataques que se têm sucedido.
 
O Coelho chumbado, protagonista da miséria dos Portugueses, não se da por vencido. A culpa não é dele e do seu governo: responsável é o Tribunal Constitucional que se opõe a  políticos corruptos que não  respeitem a Lei Fundamental: a Constituição! Apela para que os juízes sejam eleitos, isto é para que sigam os motes dos partidos… E deixem de exercer as suas funções que é de fazer aplicar a Lei Fundamental…
 
As normas jurídicas do Tribunal Constitucional são de fazer respeitar a Constituição quaisquer os partidos que governem o Pais.
 
Peter Steps Rabbit assim não o entende. Depois de ser por varias vezes chumbado, vem agora pedir esclarecimentos ao TC, remetendo-se à sua ignorância.
 
Feito “parvo”, manda o seu esbirro Nuno Morais Sarmento argumentar de que o TC é movido por questões politicas, quando foi ele mesmo a avançar com essa patética defesa.
 
Estamos feitos Amigos; do lado da Presidência, nada se move. Silêncio absoluto. O sofrimento do Povo é tão indiferente quanto é bom bem viver à sua custa!
 
05-06-2014
 
 
JoanMira

Pobre e mal-agradecido, mas com uma lata incomensurável


Este Governo, claro. Durante os primeiros cinco meses do ano, o Governo, que é pobre, cobrou um imposto especial e extraordinário incidindo exclusivamente sobre as grandes fortunas, portanto, sobre os trabalhadores da função pública que recebem mais de 675 euros por mês. Como se esperava, e seguindo jurisprudência firmada, o Tribunal Constitucional (TC) declarou este imposto inconstitucional e determinou a cessação da sua cobrança. Lamentavelmente, permitiu que o Governo retivesse os montantes entretanto ilegitimamente cobrados.
Acabou por ser um benefício ao infractor, tão mais perigoso quanto estimula o Governo, sabendo que conta com a prestimosa cooperação institucional do Presidente da República, a repetir a habilidade no próximo ano. As razões para tal benesse são difíceis de explicar em texto curto, mas têm a ver com protecção da confiança (neste caso do Governo) na cobrança do imposto extraordinário que o TC admitiu que pudesse vigorar durante o chamado programa de ajustamento e também com a dificuldade técnica em definir o limite preciso a partir do qual um acréscimo àquele imposto é considerado inconstitucional.
Porém, este Governo, que é pobre, é também mal agradecido e, por isso, não lhe ocorreu melhor que pretender suscitar um inadmissível incidente de aclaração exactamente sobre o benefício que o TC lhe concedera. Não percebem com exactidão, dizem, as consequências jurídicas da decisão do TC. Mas o que o TC disse, de forma clara e inequívoca, foi: a partir de 30 de Maio o Governo deixa de poder cobrar este imposto. Ora, recorrendo à linguagem tão cara aos fanáticos de mais e mais impostos (mas só sobre alguns): qual é a parte do a partir de 30 de Maio que não percebem? Não sabem qual é o exacto montante cobrado ilegitimamente que podem reter? Bom, mas aí, se não sabem, estudassem. O que é que o TC tem a ver com isso?
Na realidade, o pedido de aclaração não faz qualquer sentido nem teria, mesmo se fosse bem sucedido, a mínima consequência prática. Da parte do Governo, no fim de contas, é business as usual. Tudo isto acontece apenas porque está a celebrar-se a já ritual semana de luta que se segue a qualquer decisão de inconstitucionalidade, desta vez apenas amplificada pelo facto de, no calendário deste ano, esta semana coincidir com a campanha, também já inaugurada, de pressão sobre a próxima decisão do Tribunal Constitucional.
Este Governo não respeita o TC. Cumpre as suas decisões, pudera, porque é obrigado. Mas ignora e atropela, sistematicamente, todas as indicações do TC. Em 2011, o TC disse que só excepcionalmente admitia o referido imposto especial e extraordinário sobre funcionários e pensionistas, mas, logo em 2012, o Governo tentou fazer acrescer-lhe outro imposto equivalente a dois salários (conseguiu-o, na prática, mas o TC reafirmou a inconstitucionalidade, advertindo que não havia lugar para mais impostos só sobre alguns). Porém, chega o Orçamento de 2013 e, com ele, outra tentativa de novo imposto, desta vez equivalente a um salário, e mais uma esperada decisão de inconstitucionalidade. Será que o Governo se conformou finalmente à legalidade? Qual quê! Logo em 2014, novo e ainda mais grave imposto, precisamente este que foi agora considerado inconstitucional. E é, então, este mesmo Governo que agora quer conhecer exactamente o montante que pode reter para, diz, não incorrer em eventual ilegalidade. Digam-nos, por favor, o que a lei impõe. Correr o risco de cometer uma ilegalidade, credo… É bonito, é mesmo comovente, há que reconhecer.
Pode ser pobre e mal-agradecido, mas, o seu a seu dono, tem uma lata incomensurável.
Jorge Reis Novais  - Professor universitário e constitucionalista