2011-10-02

Diz o Notas Verbais: "Greve na Suíça. Agora é difícil para todos"

A continuação da greve dos funcionários administrativos do MNE na Suíça depende da reunião marcada para este fim-de-semana em que vão decidir o que fazer quando o protesto entra na sexta semana. A greve foi convocada como "ilimitada" e afeta totalmente o funcionamento dos serviços na embaixada em Berna, na missão junto dos Organizações Internacionais e Nações Unidas, no consulado também em Genebra, e nos consulados em Zurique, Sion e Lugano. Em causa está a perda de cerca de 40 por cento nos salários devida aos ajustes cambiais euro/francos suíços, com interpretações distintas das partes em confronto (trabalhadores e MNE). Uma greve acarreta sempre prejuízos e provoca efeitos indesejáveis sobretudo se é prolongada, mas esta greve na Suíça, se era crítica, agora é que entra na fase de maior dificuldade ou da total dificuldade - e dificuldade para todos porque para além de ser "ilimitada" entrou num impasse, sem saída à vista, sem qualquer cardápio negocial devido à barragem reiterada do MNE. Os decisores das Necessidades obviamente que aguardam a capitulação dos trabalhadores na prova de resistência por que optaram, e, por outro lado, os trabalhadores não dispõem de um pretexto, digamos que airoso, para a capitulação, chamem a isso suspensão com intenção de a greve ser retomada em qualquer momento, ou, hipótese à partida impensável, conformação. É um impasse. O erro vem de trás e foi ditado quando na paz dos gabinetes se acreditava com ingenuidade ou mesmo irresponsabilidade que o euro estava para ficar como moeda de império, não se avaliando como a estrutura frágil dos salários portugueses poderia responder a flutuações cambiais. Agora, pior, com a evidência de que o euro não é uma moeda portuguesa e que quem está na Suíça vive com francos suíços.

Se Portugal não tivesse nesse país uma comunidade relativamente volumosa, a solução seria fácil: encerravam-se os consulados, retornavam os funcionários, liquidava-se a questão. Mas não - a comunidade justifica os consulados se o País quer remessas, pelo que tem a obrigação de dar apoio a quem potencialmente remete e pode remeter mais. E nesse apoio, os funcionários administrativos são peças-chave, além da nomenclatura por regra associada a tais apoios (ensino, por exemplo). O problema na Suíça é que não se sabe bem e ao certo o que o Estado quer e pode. Sabe-se vagamente e não com precisão, sendo que o assunto da presença consular portuguesa na Suíça não se esgota em questões cambiais agora vindas à tona devido à greve dos funcionários, com estes a darem relatos díspares das explicações oficiais.

A disparidade até se compreende durante uma, duas ou três semanas. Seis, sem clarificação total e cabal do assunto, é demais. O ministro remeteu para o secretário de Estado a solução "no quadro das atuais restrições orçamentais" e neste quadro, que não é solução mas entala o secretário de Estado, os trabalhadores dizem que não podem, e seis semanas de greve, para quem está de fora, ou é uma greve de ricos ou é uma greve de quem de facto não aguenta. E é sobre isto que o MNE deve falar com os trabalhadores, avaliando os custos da não-presença, os custos com administrativos e os custos com não-administrativos. Mas aqui, a conversa é outra.

Sem dúvida que o secretário de Estado deve estar entalado, o ministro tem conseguido ficar de fora pelo menos nos alinhavos da imagem pública mas não tarda que, queira ou não, fica dentro. Qualquer escuteiro sabe que tem que ter um canivete suíço à mão.

Excedentários da função pública levam corte de 50% no salário em 2012


Trabalhar no Estado começa a ser muito pior do que pertencer a uma empresa privada. Ainda há poucos anos, a maioria dos licenciados dava tudo para trocar o privado pela função pública, mas mudam-se os tempos, como quem diz mudam-se os cenários económico-financeiros e o proteccionismo que este sector sempre representou já não existe: o próximo Orçamento traz consigo mais uma medida que convida todos os trabalhadores na mobilidade a procurarem rapidamente outros empregos ao invés de permanecerem na bolsa de mobilidade. Nos dois primeiros meses, os funcionários nesta situação continuam a receber o salário por inteiro.
Mas nos dez meses seguintes, que em princípio correspondem  à fase de requalificação, a remuneração baixa dos actuais 83% do salário base para 66,7%.
Depois desse período, o trabalhador entra na fase de compensação e ficar a receber apenas 50% do vencimento que ganhava no activo, contra os actuais  66%.
A proposta do Ministério das Finanças foi ontem enviada aos sindicatos da administração pública para ser discutida na terça-feira.
Mas esta, como outras situações onde se inclui os cortes salariais acima de um determinado montante, é pouco passível de negociação. Não há verbas para pagar aos excedentários, como não houve para fazer actualizações salariais nos últimos dois anos.
A medida já foi contestada pelos sindicatos representantes dos trabalhadores do sector. Os Quadros Técnicos do Estado acusam o governo de estar a estrangular a negociação colectiva. Mas em casa onde não  há pão, todos ralham e ninguém tem razão. E não se prevê nenhuma inversão neste status quo antes de 2014.
Actualmente existem cerca de 1200 trabalhadores em mobilidade especial. Mas é uma gota no oceano. A entrada em vigor do Programa de Melhoria e Redução da Administração Central prevê o fecho de 40% dos organismos e serviços públicos e quem não tiver lugar nos novos mapas de pessoal da administração central será colocado neste regime, ex-quadro de excedentários do Estado.
Outra das mudanças que está na calha é o facto de as pessoas que estiverem na mobilidade  terem de aceitar obrigatoriamente uma nova colocação, perdendo a possibilidade de optarem.

2011-10-01

Indonésia: confirmada morte de 18 ocupantes de avião acidentado

Buscas pelos passageiros desaparecidos [EPA/ADE SAPUTRA]
As autoridades indonésias confirmaram, este sábado, a morte dos 18 passageiros que seguiam quinta-feira num avião que se despenhou na ilha indonésia de Samatra . De acordo com as autoridades oficiais, os corpos dos 18 passageiros, incluindo quatro tripulantes, foram encontrados sem vida dentro do aparelho.

Na manhã deste sábado, uma equipa de resgate de quatro elementos foi deixada no local onde quinta-feira o pequeno avião se despenhou.

Chegou a ter-se esperança de encontrar sobreviventes, depois de se encontrarem quase intactos os destroços do aparelho. Foi reforçada quando a mãe de uma passageira ter revelado que recebeu uma chamada da filha.

Madeira: o calhau PSD da ilha contra os vigaros PSD do continente


Alberto João Jardim [LUSA]

O relatório da Inspecção-geral de Finanças sobre a Madeira alerta para vários riscos na situação financeira na região com uma alta probabilidade de se agravarem «substancialmente», e afectarem ainda mais o défice da região e do país.

No relatório hoje divulgado, a IGF sublinha que «a grave situação financeira da administração regional da Madeira poderá agravar-se substancialmente, com especial impacto ao nível da contabilidade nacional e/ou das necessidades financeiras/tesouraria anuais».

2011-09-30

A imagem do dia 30-09-2011

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Cloudy Night of the Northern Lights
Image Credit & Copyright: Fredrick Broms (Northern Lights Photography)
Explanation: On September 26, a large solar coronal mass ejection smacked into planet Earth's magnetosphere producing a severe geomagnetic storm and wide spread auroras. Captured here near local midnight from Kvaløya island outside Tromsø in northern Norway, the intense auroral glow was framed by parting rain clouds. Tinted orange, the clouds are also in silhouette as the tops of the colorful shimmering curtains of northern lights extend well over 100 kilometers above the ground. Though the auroral rays are parallel, perspective makes them appear to radiate from a vanishing point at the zenith. Near the bottom of the scene, an even more distant Pleiades star cluster and bright planet Jupiter shine on this cloudy northern night.

Diz o "Notas Verbais"...Suica...


Estranham alguns leitores que, desde há uns dias, não tenhamos dedicado uma única linha à greve dos funcionários do MNE na Suíça, greve essa que dura há um mês. E se alguns leitores estranham isso, nós estranhos muito mais. Estranhamos, por exemplo, que o MNE perante facto tão grave como a paralisação total de todos os serviços na Suíça, onde não estão tão poucos portugueses como isso, não tenha tomado até agora uma posição pública, clara e inequívoca - José Cesário falou hoje à imprensa que o procurou porque obviamente tinha que falar dada a manifestação à porta, o "porta-voz" também falou no início de setembro mas teria sido melhor não ter falado pelas trocas que introduziu, o ministro remeteu o tratamento do caso para José Cesário isentando-se e José Cesário que ainda não tem competências delegadas pelo ministro a não ser a competência para viajar, esse é que não pode remeter para mais ninguém, no estrito plano da decisão política.

Aqui nas notas, não deixámos cair o assunto - mantivemos apenas um respeitoso silêncio perante as partes, até para que uma das partes não sugerisse como andou por aí a sugerir pelos corredores que as notas seriam "o eco do sindicato".

Neste caso da greve, o MNE comporta-se como um exército de tropa fandanga em triste guerra - não querendo combater aguarda apenas a capitulação do "inimigo" a quem não dirige a palavra e com quem não fala...

Descoberto avião quase intacto: há 18 passageiros «perdidos»


Avião com 18 pessoas a bordo despenha-se na Indonésia [EPA/PASKHAS TNI AU]

Não é a famosa série de televisão «Lost», mas há mesmo um mistério que envolve um acidente de avião e passageiros desaparecidos.

Segundo a AFP, os serviços de emergência acreditam que pode haver sobreviventes do desastre que ocorreu esta quinta-feira na região montanhosa de Bohorok, na Indonésia.

O local é de acesso muito difícil, mas mesmo ao longe já é possível ver que a fuselagem do aparelho está praticamente intacta e que há uma porta aberta, o que poderá indicar que os 18 passageiros saíram pelo seu próprio pé.

O avião da Nusantara Buana Air tinha partido de Medan, mas, pouco tempo depois, despenhou-se a 1100 metros de altitude.

Entre os passageiros estavam quatro crianças. Os desaparecidos são todos de nacionalidade indonésia.

De acordo com o jornal local «Kompas», os familiares estão a dirigir-se às montanhas para procurar os passageiros. «Se já sabem onde foi o acidente, por que é que ainda não os salvaram?», questionou um deles.

2011-09-29

Homem atacado por tubarão fica sem parte da perna


África do Sul: Homem atacado por tubarão (EPA/Nic Bothma)

Um britânico de 42 anos perdeu parte da sua perna direita e do pé esquerdo depois de ter sido atacado por um tubarão enquanto nadava ao largo da costa da Cidade do Cabo, na África do Sul, informa o «The Telegraph».

«Este homem estava a nadar a cerca de 50 metros da praia quando o tubarão o atacou», disse Craig Lambinon, porta-voz do «National Sea Rescue Institute».

O homem foi assistido no local e depois «levado de helicóptero para o hospital, em estado crítico, onde a sua perna direita foi amputada acima do joelho e o seu pé esquerdo foi parcialmente amputado», disse Craig Lambinon.

Um comunicado divulgado pelo «National Sea Rescue Institute» revela que o homem ignorou as indicações do nadador-salvador para não entrar na água.

Várias praias ao longo da costa mantiveram-se fechadas depois de as autoridades alertarem para o facto de o tubarão ainda permanecer na praia.

2011-09-26

SUIçA: VAMOS GANHAR CONTRA PP PORQUE TEMOS RAZÃO!!!



PP, NÃO TEMOS MEDO DE TI. TEM CUIDADO !

Suiça: Milhares manifestaram-se em Berna por reivindicações laborais,

Berna, 24 set (Lusa) - Milhares de trabalhadores suíços e estrangeiros, entre eles
portugueses, desfilaram hoje em Berna numa grande manifestação organizada por
sindicatos suíços que teve como objetivo fazer várias reivindicações laborais, indicou à
agência Lusa fonte sindical.
De acordo com Jorge Veludo, secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores Consulares e
Missões Diplomáticas (STCDE), a manifestação "reuniu alguns milhares de pessoas, e
terminou com um comício".
Na manifestação participou meia centena de portugueses, trabalhadores consulares em
Berna e noutras cidades, acrescentou a mesma fonte que tem acompanhado uma greve
destes funcionários a decorrer desde 29 de agosto.
A greve está a ser cumprida pelos trabalhadores da embaixada de Portugal em Berna, da
missão junto da ONU em Genebra, dos consulados naquela cidade e em Zurique, bem como
dos escritórios consulares em Sion e Lugano, segundo o STCDE.
Esta forma de protesto, por tempo indeterminado, resulta, segundo o dirigente, da falta de
acordo com o Ministério dos Negócios Estrangeiros sobre a sua situação salarial, sobretudo
devido à diferença cambial entre euro/franco suíço e também aos cortes salariais ocorridos
na função pública.
Representantes do sindicato estiveram hoje reunidos com os grevistas, que já garantiram
que vão manter a paralisação pela quinta semana consecutiva, acrescentou Jorge Veludo.
O dirigente sindical revelou à Lusa que na terça-feira o sindicato vai ser recebido na
Comissão Parlamentar dos Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas, na
Assembleia da República.
Jorge Veludo indicou que três dos trabalhadores consulares em greve vão também
acompanhar os dirigentes sindicais "para dar aos deputados um testemunho vivo" da
situação.
O sindicato também marcou para quinta-feira, dia 29 de setembro, uma concentração, às
11:00, em frente ao Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE), em Lisboa.
AG/(CSR).
Lusa/fim