6.7.13

Banco do Vaticano e branqueamento de capitais

VaticanoInvestigadores italianos disseram hoje que o banco do Vaticano operava de forma a facilitar a lavagem de dinheiro, de acordo com documentos citados por dois jornais italianos, na sequência de uma investigação de três anos.
O banco, oficialmente conhecido como Instituto para Obras Religiosas (IOR em italiano), não efetuou controlo suficiente sobre os seus clientes e os titulares de contas eram autorizados a transferir grandes somas de dinheiro para contas de outras pessoas.
«Há um elevado risco de que a forma como opera o IOR, sem especificar os seus clientes reais, possa ser usada como uma tela para esconder operações ilegais», escrevem os procuradores do Ministério Público, num documento citado pelo Corriere della Sera.
Os responsáveis culparam também os bancos italianos por aceitarem transferências do IOR sem investigar a origem do dinheiro, que é depois transferido para outros bancos.
«O IOR pode facilmente tornar-se num canal para a lavagem de dinheiro com uma origem criminosa», afirmaram os responsáveis, contrariando também as declarações do IOR de que os seus titulares de contas são todos congregações religiosas ou elementos do clero.
«Há também particulares que podem depositar dinheiro e abrir contas pela relação especial que têm com a Santa Sé», afirmaram.
Lusa

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