23.8.13

Texto - O réptil objectivo



Imagine: na vida todo ser humano, ou animal, dito irracional,  pensa; e pensando, de quando em vez, até se lhes afloram ideias porventura interessantes.
 
Não é que o cérebro queira opor-se ao instinto reptiliano, nem sequer admitimos essa hipótese; mas esse órgão social é mesmo assim: indomável; responsável do pensamento, ele inter-age com acções menos consentâneas, de mor a que pensemos com a maior objectividade possível ao suplicio e ao fim trágico e horroroso dos inimigos da “subjectiva” democracia…
 
Não são raras as vezes que não concordo com o que o cérebro  dita, por implicar aquele conhecido e permanente conflito que pode ser o apanágio de todo ser humano:  ser ou não ser crocodilo?
 
Quando o nosso pensamento não esta em concordância com o cérebro omnipotente, podem advir certos conflitos cujo desfecho pode ser a prisão ou internamento.
 
Por enquanto estou livre! 
 
Mas, pelos modos que a coisa vai, admito que o Povo possa esquecer a razão e enverede por violentos instintos.
  
Bordeaux, 23 de Agosto de 2013.
 
JoanMira

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