29.5.16

TEXTO - Amigos

Não sei porquê mas, constantemente velhos e saudosos amigos me vêm à memoria: é caso do Manuel da Silva que comigo colaborava, com a sua voz radiofonicamente excelente em programas proibidos…Estavamos em 1983, infringíamos a lei sem medo nem agravo, e depois da hora “de antena”, bebíamos um copo, dois, três… Perdão, não me lembro bem…

O Manuel tinha uma rubrica sui-generis: era dele a pagina do desporto que os ouvintes ansiavam ouvir, esperando até ao fim…

Tinha uma voz de locutor dos anos sessenta muito parecida com a do Nuno Braz. Foi um dos esteios do nosso “programa”… Depois outros vieram com boa vontade mas jamais o igualaram.

A Amália Rodrigues teve uma intervenção fantástica quando, no dia 9 de março de 1986 respondeu ao cônsul sovina, que queria espectáculo com duas garrafas de champanhe para cerca de vinte pessoas, já há muito nada havendo nas taças: “Eu gostava de brindar, senhor cônsul-geral, mas olhando para as taças, verifico que ja  não há saude…

Foi companheiro da Amália o meu querido Amigo Fernando Pereira. Quando se encontraram naquele dia fiquei a saber que me não tinham mentido! Aquele abraço, aquela emoção partilhada…

Termino, enfim e desta vez, com o Adelino Pereira. Passamos noites a sonhar, a idealizar o Brasil ouvindo musicas tão lindas do Roberto Carlos… Não, não perdemos tempo porque o que imaginamos é verdade.

Vi Lino… O que pensaste é verdade. Estive la e pensei sempre em ti.

29-05-2016

JoanMira         

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