2012-06-16

Texto - Adelino Pereira


ADELINO PEREIRA

E verdade meu irmão gémeo; é que no Rio
Não passo um dia sem me lembrar de você.
Esta ai? Você me ouve? Você escuta essas musicas
Lindas que eu programo no Céu para você?

Se você não escuta, de que vale tudo isso Amigo?
Para você um caloroso abraco de fé, meu irmão,
Camarada; uma sensação muitas vezes tida neste
Rio de que tantas vezes sonhamos…

Lembrando as canções do Roberto, ele
Vive aqui ao lado e manda recordacões 
Para você! Ele me disse “Eu te amo”, falando
De você. Roberto e eu temos algo em comum:

Ele é o artista, eu não. Mas os dois pensamos
Em você. Continua escutando a voz de Deus,
Teu ídolo que achou por bem levar-te à sua companhia.
Lino, “sinto muito a tua falta … “

JMIRA

Texto - Nini

NINI


Ei-la, docil, compenetrada, obediente, boneca linda, cabelos loiro-castanho-ruivos, sorriso ingenuamente imenso, bochechas bem cheias, narizinho bem pequenino ao lado de belos caracois. Boneca minha.
E a minha Nini.
 Rio de Janeiro, 15 de Junho de 2012.
 JOANMIRA

Atencão: as condicões estam reunidas para nova guerra mundial!

A TERCEIRA GUERRA MUNDIAL 

Subitamente, e num dia atípico em que o sol se pôs e tornou a nascer (!), iria acontecer o grave e diplomático incidente.

Duas potências mundiais, na sua bélica afirmação, decidiam abrir conflito à escala mundial com catastróficas consequências para o destino da Humanidade.

Um Estado minúsculo, povoado essencialmente de espanhóis, portugueses, franceses e  também andorranos, entendeu que bastava  de não ser reconhecido a nível internacional; "Nacão", de 340 km2, em que quando um mosquito se coca faz noticia; a oportunidade era boa.

Vexada de ter perdido a embaixada de Portugal na sua “aldeia”, o governo de Andorra através de personagem (Meritxell Bode), do serviço do protocolo do ministério dos negocios estrangeiros (detestada pela esmagadora maioria de quem com ela lida) declarou guerra a Portugal.

Descartes, o filosofo, dizia: "je pense donc je suis". Duvido que a Meritxell tenha  cultura suficiente para entender a referência. Creio que a sua se limite a : "para existir tenho que "inventachatear"..."

E assim fez, inundando  o nosso inutil (também) Ministério dos Negócios Estranhos (MNE) com múltiplas “Notas Verbais” de perfume de biorreia…

Claro que o Paulinho não gostou não!

E através dos seus esbirros, tratou de encontrar um “bode expiatório” para acalmar a Bode-Meritxel, no intuito (louvavel) de impedir o conflito em que iriam, no mínimo, perecer 80.000 andorenhos… e sobreviver alguns milhões de Portugueses!

Advinhem; quem é o responsável desta tragédia?

O vosso servidor,  pois claro!

Porquê?

Porque não entregou a tempo e a horas machucadas, malditas e hororosas placas de matricula diplomática da sua velha e cansada carripana!

Mas, depois de todos estes devaneios, é de apostar que, se apesar de tudo a guerra rebentar muitos, sem contarem, candidatar-se-ão a receber balázios que, por tabela, quer merecam ou não, não vão deixar de chegar ao seu destino... 

E depois digam que eu sou maluco…

Rio de Janeiro, 14 de Junho de 2012.

JMIRA

2012-06-14

Par de galáxias protagoniza uma útil ilusão cósmica



Perspectiva da dupla de galáxias dá a falsa impressão de que elas estão colidindo e permite estudo do fenômeno das microlentes gravitacionais
Foto: Nasa

Perspectiva da dupla de galáxias dá a falsa impressão de que elas estão colidindo e permite estudo do fenômeno das microlentes gravitacionais
Nasa
RIO – O telescópio espacial Hubble produziu uma imagem detalhada de uma útil ilusão cósmica. Embora pareça estar em colisão, o par de galáxias batizado NGC 3314 na verdade está separado por dezenas de milhões de anos-luz de espaço.
Os astrônomos sabem que tudo não passa de um jogo de perspectiva devido ao formato das galáxias, já que as imensas forças gravitacionais envolvidas num processo de fusão deveriam não só deformar suas espirais como provocar episódios de rápida formação estelar, gerando estrelas gigantes azuis e nebulosas luminosas que se destacariam.
Segundo os cientistas, a pequena deformação observada abaixo e à direita do núcleo da galáxia da frente, batizada NGC 3314A, foi causada por um encontro com outra galáxia próxima, a NGC 3312, visível em imagens com ângulo mais amplo. Além disso, estudos dos movimentos do par de galáxias indicam que elas se mexem independentes uma da outra.
Estes alinhamentos são importantes para os astrônomos por permitirem o estudo das microlentes gravitacionais, fenômeno previsto pela Teoria da Relatividade de Einstein em que a luz de objetos distantes é deformada e ampliada ao passar por estruturas maciças a caminho da Terra.

Debate Rio+20

Debate 'A voz do professsor', no auditório do evento Humanidade 2012, atraiu centenas de pessoas ao Forte de Copacabana Foto: Gabriel de Paiva / O Globo


Debate 'A voz do professsor', no auditório do evento Humanidade 2012, atraiu centenas de pessoas ao Forte de Copacabana
Gabriel de Paiva - O Globo

Copacabana - Rio+20

Artista de rua na praia de Copacabana celebra com esculturas de areia a realização da conferência sobre meio ambiente Rio+20 Foto: Pablo Jacob / O Globo
Artista de rua na praia de Copacabana celebra com esculturas de areia a realização da conferência sobre meio ambiente Rio+20
Pablo Jacob - O Globo

2012-06-13

Dinamarca-Portugal, 2-3

Pepe

Figura: Pepe

Que pena o segundo golo da Dinamarca! Até aí tinha sido enorme, poderoso! Só podia ser dele o primeiro golo de Portugal na prova. À semelhança, aliás, do que já sucederam contra a Turquia no Euro2008. O cabeceamento é fabuloso e a forma como procura a bola também. Recuperou bolas atrás de bolas, meteu a cabeça onde alguns temem meter o pé, ganhou praticamente todos os lances em que esteve envolvido. Beija o emblema, sente o país, é um exemplo de abnegação. Portugal precisa deste Pepe concentrado e sereno até ao fim do torneio.

A imagem do dia 13-06-2012

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A Venus Transit Over the Baltic Sea
Image Credit & Copyright: Jens Hackmann
Explanation: Waiting years and traveling kilometers -- all to get a shot like this. And even with all of this planning, a good bit of luck was helpful. As the Sun rose over the Baltic Sea last Wednesday as seen from Fehmarn Island in northern Germany, photographer Jens Hackmann was ready for the very unusual black dot of Venus to appear superimposed. Less expected were the textures of clouds and haze that would tint different levels of the Sun various shades of red. And possibly the luckiest gift of all was a flicker of a rare green flash at the very top of the Sun. The above image is, of course, just one of many spectacular pictures taken last week of the last transit of the planet Venus across the face of the Sun for the next 105 years.

Ikira Baru - "Contigo en la distancia" - Video - Musica


"Contigo en la distancia..."

2012-06-10

Curiosidades de nomes de lugares do Rio de Janeiro


Facchinetti, "Praia de Botafogo", 1868
Está em todos os livros de história e praticamente todo mundo sabe que São Sebastião do Rio de Janeiro foi batizada com este nome porque os portugueses adentraram na Baía de Guanabara e venceram a batalha contra os Tamoios no dia deste santo, quando caía uma chuva insessante. Mas muita gente não sabe a origem do nome de bairros onde moram ou frequentam e de outros lugares da cidade, que algumas vezes são termos curiosos e, que quase sempre estão ligados aos nomes de seus originais proprietários, pois na época da expansão da cidade esta estava dividivda em grandes fazendas e loteamentos particulares, à história do próprio desenvolvimento do local ou mesmo a fatos pitorescos e cômicos.
Seguindo o caminho dos bondes, que partiam do Centro em direção aos bairros que surgiam na expansão urbana da cidade, nossa primeira parada é a Lapa. O Convento de Santa Teresa passou a emprestar seu nome ao monte do Desterro, em cuja encosta foi instalado. Mas essa era uma pretensão do governador responsável pela construção do Aqueduto Carioca, os famosos Arcos da Lapa, que tinha vontade dar seu próprio nome ao monte, mas teve de contentar-se em batizar uma avenida recém aberta, que seria um dos novos acessos ao local. Ela está lá até hoje e ainda leva o nome de Gomes Freire.
Wiegandt, "Rua São Clemente", 1884
Outro importante ponto de parada dos bondes, puxados a burro ou elétricos que seguiam para a zona sul, era o Largo do Machado. A atual praça que leva este nome era antigamente a lagoa do Suruí e em sua margem havia um açougue. Para chamar a atenção da freguesia o comerciante pendurou à porta um enorme machado, símbolo bastante adequado às suas atividades. A lagoa, como tantas outras, foi aterrada e o açougue, extinto. Mas o nome pegou e perdura até hoje.
Algumas histórias curiosas explicam também o nome dado pela população a algumas das mais conhecidas praias do Rio. A do Flamengo, por exemplo, se chama assim devido a um grupo de marinheiros holandeses que se instalou durante algum tempo no local depois que toda tripulação se amotinou contra o cruel comandante do navio que os trouxera. Próximo à Praia do Flamengo existe o Morro da Viúva, que recebeu este nome em 1753 quando faleceu o Sr. Joaquim de Barros, deixando a propriedade para sua viúva. A praia de Botafogo tornou-se um conhecido balneário depois que a D. Carlota Joaquina lá mandou construir uma mansão que era usada como casa de praia.
Depois que a Família Real deixou o Brasil a casa foi adquirida pelo Marquês de Abrantes, que suprimiu o antigo nome de Caminho Novo de Botafogo e batizou com seu nome a rua que dava acesso à enseada de Botafogo, sobrenome de um grande proprietário de terras e chácaras no local. Outro grande proprietário de terrenos naquela parte da cidade era o Sr. Clemente de Matos, muito devoto do santo do qual havia herdado o nome. No estreito caminho que ligava as terras do Sr. Botafogo e do Sr. Clemente de Matos foi erguida, por iniciativa deste último, uma capelinha para São Clemente, o que deu origem à movimentada rua que vai da praia até o largo dos Leões. Em tempos idos, este local era uma chácara pertencente aos irmãos Marques Leão, em cuja entrada havia duas estátuas de leões que, além de ornamento, serviam para identificar a propriedade. Apenas o que restou daquele recanto foi o nome.

Parte II
A praia de Ipanema, hoje uma das mais disputadas pelos banhistas, surfistas e gente que frequenta o lugar somente pela badalação, custou a se tornar um "point", talvez por causa do significado de seu nome, de origem indígena, que quer dizer "água ruim para nadar e pescar". O crescimento do bairro só tomou impulso com a abertura da avenida Vieira Souto e das Praças General Osório e Nossa Senhora da Paz. Do outro lado do canal que fazia a ligação da Lagoa Rodrigo Freitas com o mar existia uma pacata fazenda, cujo último proprietário foi o francês Carlos Le Blum, que se desfez das terras em 1845. Somente em 1930 deu-se início a um loteamente nesta parte da restinga, cujo nome foi adaptado para Leblon.
A origem do nome da praia e do bairo do Copacabana não é nenhuma novidade, a história já foi contada até nas telas do cinema. Todos sabem que se refere à devoção por uma santa peruana cuja imagem foi achada na praia como que por milagre. A curiosidade está na adptação do nome, que de Kjopac Kahuana passou a Copacabana. Outra conversão curiosa é a do nome da ponta do Joá. Com o objetivo de isolar-se, o francês Laurence Anchois comprou terras muito distantes da cidade e logo o local foi batizado de Ponta do Anchois. A dificuldade de pronunciar o nome do francês fez com que os pescadores o rebatizassem para ponta do Chuá, o que foi encurtado e modificado no boca a boca, com o passar do tempo, para Joá.
No final do século XIX só era possível ir de um ponto a outro da cidade de bonde, apesar de muitos ainda se utilizarem de cavalos e charretes. Mas este foi um tipo de transporte bastante eficiente e utilizando-se dele qualquer um podia fazer um delicioso passeio por lugares paradisíacos do Rio, como visitar o espelho d'água da Lagoa Rodrigo de Freitas - mais um entre tantos locais que levam o nome de antigos donos - hoje tombado pelo patrimônio histórico. À margem da lagoa existia um bica que derramava água cristalina e que, acima do pedestal, trazia a inscrição "Fonte da Saudade". Era um ponto de parada para viajantes e para aqueles que cruzavam a cidade, tarefa não muito fácil naqueles dias. Os pescadores da região diziam que quem bebesse daquela água ali sempre voltaria, por isso a inscrição. A única lembrança da velha fonte hoje é o nome gravado na placa da rua paralela à margem da lagoa.
O bairro da Gávea é assim chamado pois, do alto da serra que culmina com uma elevações mais apreciadas do Rio de Janeiro - a Pedra da Gávea - tinha-se uma das vistas mais bonitas da cidade. A serra era procurada por aventureiros que quisessem apreciar esse panorama privilegiado, como se estivessem na gávea do mastro principal de um navio e, dessa comparação, surgiu o nome do bairro. A praia da Gávea, hoje praia de São Conrado, estava dentro das terras do Comendador Conrado Niemeyer, uma fazenda contígua a do senhor Le Blum. O comendador era devoto de São Conrado e em sua propriedade mandou construir uma igrejinha em homenagem ao santo, que ainda existe e encontra-se bem conservada. O nome foi herdado pelo bairro ali edificado depois do loteamento do imenso imóvel.
Para se chegar às terras do comendador era preciso subir e descer pelo o antigo Caminho do Céu, que seguia pelo sopé do Morro Dois Irmãos, pelo lado do mar, até a praia do Vidigal. No finalzinho do século XIX uma das empresas que explorava a circulação de bondes pela cidade iniciou a construção de uma linha férrea que passaria pelo local e seguiria até a Barra da Tijuca e depois até a fazenda de Santa Cruz, sendo o destino final Angra dos Reis. A disputa pela concessão de linhas fez com que a empresa abandonasse a obra, que foi retomada anos depois por iniciativa do colégio Anglo-Brasileiro, recém instalado na Chácara do Vidigal por volta de 1910. A continuação da estrada até a praia da Gávea foi feita em 1915 e paga pelo comendador Conrado Niemeyer. Desde então a estrada passou a ser conhecida como Avenida Niemeyer, um dos pontos turísticos da cidade.
Como se vê, a iniciativa privada sempre esteve à frente da prefeitura na melhoria de obras e serviços públicos. Outros dois nomes aos quais estamos muito acostumados também têm origem em curiosidades que estão ligadas a este pioneirismo de empresas particulares no Rio. A palavra "gari", que denomina o profissional que varre as ruas tem origem no sobrenome de Aleixo Gary, dono da primeira empresa de limpeza e conservação pública, mas de iniciativa privada. O bairro da Urca deve seu nome à empresa Urbanização Carioca, que aterrou e loteou (e batizou!) o bairro, concluindo uma obra que sucessivas prefeituras deixaram abandonada. E essa história de obras inacabadas, o carioca conhece bem.
Fonte: Rio Antigo by Camões; A paisagem carioca