Lisboa, 31 ago (Lusa) – O sindicato dos funcionários consulares enviou hoje um ofício ao ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, defendendo um processo negocial que conduza a uma solução satisfatória às reivindicações dos trabalhadores em greve na Suíça, informou a organização sindical.
Em comunicado, o Sindicato dos Funcionários Consulares e das Missões Diplomáticas (STCDE) declarou que recebeu um ofício, na terça-feira, do chefe de gabinete do ministro Paulo Portas, informando que foi solicitado “ao senhor SECP (secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário) o acompanhamento da matéria ... para dialogar, no quadro institucional das restrições que são conhecidas".
O sindicato já respondeu, “confirmando os encontros com o SECP, reiterando as razões da greve já transmitidas em longa interpelação de 22 de agosto e reclamando a abertura de negociações para chegar a uma solução satisfatória.”
No ofício hoje remetido ao ministro Paulo Portas, o sindicato considerou ainda ser necessário “mais do que dialogar,... sendo certo que pelo diálogo se pretende chegar à resolução dos problemas que se deparam”.
O STCDE insistiu na “necessidade de um processo negocial que conduza a uma solução satisfatória”, manifestando-se “inteiramente disponível” para a negociação.
Contactado pela Lusa, o Ministério dos Negócios Estrangeiros ainda não comentou o ofício do STCDE.
Segundo Alexandre Vieira, secretário-geral adjunto do Sindicato dos Funcionários Consulares e das Missões Diplomáticas (STCDE), os trabalhadores consulares portugueses na Suíça continuam hoje em greve, que começou na segunda-feira.
Os 56 funcionários sindicais iniciaram uma greve por tempo indeterminado por falta de acordo com o Ministério dos Negócios Estrangeiros acerca da sua situação salarial.
A greve está a ser cumprida pelos trabalhadores da embaixada de Portugal em Berna, da missão junto da ONU em Genebra, os consulados naquela cidade e em Zurique, bem como os escritórios consulares em Sion e Lugano, segundo o STCDE.
CSR.
Lusa/fim
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